Do ATUAL
MANAUS – O corpo de jurados da 2ª Vara do Tribunal do Júri, do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) absolveu os réus Aroldo da Silva Ribeiro, Raimundo Rooselvet da Conceição de Almeida Neves, ambos coronéis da Polícia Militar, e Francisco Trindade Saraiva Pinheiro, soldado da PM, da acusação de homicídio qualificado por insuficiência de provas.
O julgamento foi concluído na noite desta terça-feira (11) e a sentença foi proferida por volta das 20h. O Ministério Público informou que não vai recorrer da decisão.
Os réus eram acusados do homicídio do técnico agrícola Fred Fernandes da Silva ocorrido em março de 2001. O Ministério Público Estadual pediu a condenação dos três pelo crime de homicídio qualificado mediante “paga ou promessa de recompensa”.
De acordo com a promotoria, os coronéis e o soldado foram os autores dos tiros que mataram o Fred Fernandes, pai de Fred Junior, este condenado pelo assassinato da namorada, Daniele Damasceno, no ano de 2001. O crime ficou conhecido como “caso Fred”.
O MP sustentava que os oficiais e o soldado foram pagos por familiares de Danele Damasceno para matar o pai de Fred Junior.
Os três réus também eram acusados de tentativa de homicídio de Maria da Conceição da Silva e Adônis dos Santos da Silva, esposa e filho de Fred Fernandes que sobreviveram ao atentado.
Na época, Adônis tinha 10 anos de idade. Mãe e filho foram alvejados, mas escaparam com vida. Outro filho de Fred que estava no carro, Hélio Fernandes da Silva, com 18 anos à época, saiu ileso.
Fred Fernandes defendia que Fred Junior era inocente e que assumiu o crime para livrar os demais envolvimentos, incluindo filho de um policial militar.
No dia 10 de junho, Fred Fernandes da Silva dirigia o carro da família após visitar o filho no presídio, quando foi abordado por homens armados, que abriram fogo contra o veículo.
O julgamento começou na manhã de segunda-feira (10) com a oitiva das duas vítimas sobreviventes e de 11 testemunhas.