
Da Redação
MANAUS – O TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) errou ao registrar o valor de R$ 100 milhões como indenização ao vidente Edson Glauber de Souza Coutinho, que alega ver Nossa Senhora do Rosário e da Paz em Itapiranga (a 360 quilômetros de Manaus). Na semana passada, o ATUAL noticiou que o vidente estava pedindo R$ 100 milhões de indenização da Igreja Católica e anexou o espelho do processo na matéria. No entanto, nesta quarta-feira, 17, a reportagem constatou que o valor havia sido reduzido para R$ 1 milhão.
Em nota, o TJAM informou que a 12ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho informou que o valor da causa no processo mencionado pela reportagem é de R$ 1 milhão, “conforme consta da inicial”. No entanto, o tribunal não reconheceu que errou ao registrar R$ 100 milhões como pedido de indenização ao vidente.
De acordo com o print espelho do processo 0659595-60.2018.8.04.0001, registrado na última quarta-feira, 10, e publicado pelo ATUAL, o valor da ação era de R$ 100 milhões. Nesta quarta-feira, 17, o processo, que tramita na 12ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, apresenta um valor bem diferente: R$ 1 milhão.

A ação de indenização é referente a suposta quebra de contrato firmado entre a família de Edson Glauber e o bispo de Itacoatiara, dom Carillo Gritti, que morreu em junho de 2016, para a construção de uma igreja no local conhecido como Santuário de Itapiranga Rainha do Rosário e da Paz. Em maio, as supostas aparições completam 25 anos.
Em 2017, a Congregação Para a Doutrina da Fé, do Vaticano, enviou carta ao Brasil afirmando que não reconhece a autenticidade das supostas aparições e, consequentemente, das mensagens transmitidas por Edson. A congregação também proibiu os fiéis católicos de participarem de cultos no santuário e determinou que Edson e a ARRPI (Associação Rainha do Rosário e da Paz de Itapiranga (ARRPI) não espalhassem as supostas mensagens da santa.
Em nota, o bispo de Itacoatiara, José Lonilton Lisboa, lamentou a atitude da família, que, segundo ele, “usa o nome de Nossa Senhora por dinheiro fácil”. José Lisboa pediu aos católicos que cumpram decreto do Vaticano de não participar ou mencionar o culto à santa em Itapiranga. “Determino que nenhum católico ou católica, que queira manter a comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana, frequente este lugar”, afirmou o bispo, na nota.