O auditor e conselheiro substituto do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Alípio Firmo Filho apareceu nesta quarta-feira, 18, em reportagem da TV Amazonas, dizendo que ficou surpreso com o que a inspeção do tribunal encontrou no município de Iranduba. “Nunca vi um quadro tão caótico na minha vida”, disse. O auditor, relator das contas da Prefeitura de Iranduba no TCE, também diz que teve dificuldades para avançar nas investigações porque os gestores não apresentaram documentos solicitados pelo tribunal. “Nós então tivemos que lançar mão do banco de dados da Junta Comercial do Estado e da Secretaria da Receita Federal com a qual nós temos um convênio aqui no Tribunal de Contas”. A aparição de Alípio Firmo Filho só reforça a tese de que o Tribunal de Contas encontrou irregularidades, mas nada fez para saná-las. Até as operações realizadas desde sexta-feira pelo Ministério Público Estadual e Polícia Federal, que prendeu o prefeito, secretários e servidores, nenhuma manifestação foi feita pelo TCE. Há uma máxima no tribunal de que os processos só são divulgados depois de julgados, mas é inaceitável que um órgão de controle identifique em janeiro “um quadro caótico” nunca visto por um conselheiro e deixe tudo correr livremente pelo resto do ano como se nada estivesse acontecendo. É, no mínimo, falta de compromisso com a coisa pública e com o dinheiro que sai do bolso do cidadão.