Da Redação
Manaus – Que prato é este? Uma sopa, um caldo, uma bebida? As opiniões são divididas entre os consumidores adeptos desta quase sempre aventura gastronômica que é consumir tacacá. Depois de ter escolhido um ponto ou banca de tacacá, quer dizer, um lugar de venda na rua, o cliente pode degustar a mistura escaldante que lhe é servida em uma cuia.
À banca, os ingredientes são misturados na sua frente: pimenta, tucupi (sumo de mandioca brava, fervido com ervas), goma (preparado viscoso e transparente feito de amido de mandioca), jambú (folhas cozidas que entorpecem os lábios), camarões secos. Entretanto, a receita do tacacá exige toda uma expertise, ou seja, os conhecimentos e qualidades da tacacazeiras.
Ingredientes
O tucupi é um ingrediente de base do prato e é preparado em um longo e complexo processo de transformação a partir das raízes da mandioca, podendo ser encontrado em feiras ou supermercados das cidades da região amazônica. A mandioca usada na produção do tucupi é aproveitada para fazer a goma, ou uma espécie de farinha que, depois de aquecida, fica pastosa. A mistura dos dois é imprescindível para o tacacá.
Outro ingrediente indispensável e característicos do tacacá é o jambu (Spilanthes acmella), famoso por sua célebre sensação de formigamento que causa nos lábios. As folhas de jambu são preparadas separadamente e acrescentadas à mistura com a goma e o tucupi no momento de servir. A isso, soma-se o camarão, para dar um gosto de sal.
Daí, é só servir na cuia. Mas, mesmo que seja mais comumente servido dessa forma mais tradicional, os componentes do prato são suscetíveis de variar segundo os lugares e as épocas.