Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – O reitor da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Sylvio Puga, pediu afastamento do cargo para concorrer à reeleição para a gestão de 2021 a 2025. Ele apresentou a solicitação nesta quinta-feira, 18. O afastamento é determinado no edital da eleição e no regimento da Consulta à Comunidade Universitária para escolha do reitor e vice-reitor.
Em nota, a coordenação de Comunicação e Marketing da Chapa 33 informou que o regimento foi divulgado nesta quarta-feira, 17, e Puga se antecipou e pediu afastamento a partir de segunda-feira, 22. “Dessa forma, a decisão do gestor reflete seu compromisso com a lisura e a independência do processo”, diz a nota.
Além do atual reitor, as professoras Andrea Waichman e Margarida Carmo (chapa 55 Inov@UFAM), e os professores Marco Antônio e Raimundo Passo (chapa 21) anunciaram que também devem disputar a reitoria da Ufam.
Andrea Waichman e Margarida Carmo chegaram a solicitar nesta quarta-feira, 17, afastamento de Puga alegando que o reitor usou canal institucional da Ufam para transmitir reunião da chapa 33 no último dia 10 de fevereiro.
“A Chapa Inov@UFAM 55, que tem como candidatas a Reitora a Profa. Dra. Andrea Waichman e a Vice-Reitora a Profa. Dra. Margarida Carmo, espera uma decisão rápida já que o candidato está em plena campanha, sem seguir o protocolo que exige o afastamento, já tendo mesmo usado o canal institucional UFAM Conferências para divulgar na rede uma das reuniões de sua chapa”, diz nota das candidatas.
Consultado na manhã desta quinta-feira, 18, pelo ATUAL, Puga informou que ainda não havia pedido afastamento, pois não tinha se inscrito. “Se você ler o edital, e todos os editais coube assim, o reitor ou qualquer outro ocupante de cargo ele se afasta. Não precisa nenhum pedido de ninguém. Então, quando eu me inscrever, eu vou me afastar”, disse.
Puga informou não ter conhecimento do uso indevido de nenhum canal institucional para campanha. “Isso aí você pode falar com a ‘Carlinha’, que é a nossa assessora de comunicação, mas eu desconheço isso”, disse.
A professora Andrea Waichman afirma que a logomarca da Ufam no canal sinaliza o caráter institucional. “Primeiro, se você observar, o canal se chama ‘Ufam Conferências’ com o logotipo da Ufam. A logomarca da Ufam só pode ser usada pela Ufam para suas questões institucionais”, disse.
A assessoria de comunicação da universidade informa que o canal no YouTube não é institucional. Foi criado por um servidor que apoia a candidatura de Puga e usado na ocasião. A assessoria informa também que muitos perfis nas redes sociais usam a logo e nome da Ufam, o que não os caracteriza como canais oficiais da instituição, sendo o caso do canal que transmitiu a reunião da chapa 33.