Da Redação
Dirigentes da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), Basa (Banco da Amazônia) e ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) se reuniram pela primeira vez nesta quarta-feira, 11, e decidiram unir esforços pelo desenvolvimento econômico da Amazônia.
Participaram da reunião o superintendente da Suframa, Algacir Polsin; a superintendente da Sudam, Louise Campos; o presidente do Basa, Valdecir Tose; o presidente da ALE, Josué Neto, e técnicos das autarquias federais. A reunião foi realizada no auditório da Suframa.
Para Algacir Polsin a integração entre Basa, Sudam, Aleam e Suframa mostra a importância do desenvolvimento da Amazônia para o governo federal. “O objetivo aqui é fazer uma união de esforços em benefício e desenvolvimento da região. Essas são as três entidades federais mais importantes para a região, que tem esse mesmo foco de desenvolvimento regional”, disse.
Louise Campos disse que após assumir a gestão da Sudam encomendou um diagnóstico com caráter técnico para identificar os desafios a serem enfrentados na região Amazônica.
“Nós temos terra, temos vontade, estamos prontos e vamos voltar para o jogo. Então aquela história: A Sudam ainda existe? Ficou no passado, realmente, estivemos um pouco a margem dessas discussões e estamos voltando. O nosso olhar é um olhar de gestão para o futuro”, disse.
O presidente do Basa, Valdecir Tose afirmou que a intenção dessa reunião é legitimar a união dos órgãos federais e do Poder Legislativo do Amazonas, e trazer os recursos do Banco da Amazônia para uma ação conjunta.
“Além de nós, Sudam e Suframa, as federações, os governos dos Estados, a situação específica da região, Acre, Amazonas e Rondônia, onde existe o desmatamento do Amazonas. A gente entende que tem que viabilizar outras atividades para a população”, ressaltou.
Durante a reunião, o presidente da Assembleia do Amazonas, Josué Neto, destacou o potencial da região para a bioeconomia e para o desenvolvimento sustentável.
“O Estado do Amazonas, a Amazônia como todo, acredito que seja a última fronteira de desenvolvimento do Brasil. Onde nós temos tanta diversidade de fauna, flora, de produtos que podem ter seu valor agregado exportados para o mundo? É na nossa região. Isso é algo que o Brasil não conhece e que o mundo não conhece. Por isso existe essa crise de críticas à Amazônia, que a gente sabe que há outros interesses e que nada tem a ver com problemática humana, com nossos caboclos, ribeirinhos, com o pequeno produtor familiar”, disse.
Josué também disse que está acompanhando a abertura da política do Mercado de Gás do Brasil, que é uma pauta recente do governo federal, e que o Amazonas é o Estado no Brasil que mais tem gás natural em terra, e que segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), pode gerar 48 mil empregos e movimentar uma cadeia econômica de R$ 3 trilhões nos próximos dez anos.
Ainda conforme Josué, o amazonense respeita muito a natureza, tanto que segundo dados de órgãos de meio ambiente, o Amazonas tem 97% da sua floresta preservada. “Temos que fazer o nosso papel e existe um novo momento da Suframa, momento técnico e menos político”, afirmou o parlamentar.