Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Dez dias após mandar soltar Alejandro Molina Valeiko, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro João Otávio de Noronha, negou liberdade ao policial militar Elizeu da Paz de Souza, denunciado pelo MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) por envolvimento no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 42, em setembro do ano passado.
O pedido de soltura do policial militar, que está preso desde o dia 4 de outubro de 2019, foi ajuizado no STJ no dia 30 de dezembro e a liminar foi negada na manhã desta segunda-feira, 6. A íntegra da decisão está prevista para ser publicada no dia 4 de fevereiro deste ano.
Elizeu da Paz, Alejandro Valeiko e o lutador Mayc Vinícius Parede foram denunciados pelo MP-AM em dezembro do ano passado pelo assassinato do engenheiro e pela tentativa de assassinato de Elielton Magno.
De acordo com a denúncia, na noite do dia 29 de setembro deste ano, Alejandro Molina, José Edvandro Júnior e Elielton Magno estavam consumindo drogas e bebidas alcoólicas na casa de Valeiko quando “ocorreram fatos no interior do imóvel”. Esses “fatos”, no entanto, não foram narrados na denúncia.
O promotor de Justiça Igor Starling afirmou que por volta de 22h20, “em razão do comportamento do Alejandro no interior do imóvel”, Elizeu da Paz e Mayc Parede chegaram no Condomínio Passaredo, na zona oeste de Manaus, onde morava Alejandro, em um carro Corolla, cor preta, placa PHY-8178. Eles tiveram “autorização prévia” e entraram na casa.
O documento não narra o que ocorreu no interior da residência de Alejandro após a chegada de Elizeu da Paz e Mayc Parede, apenas cita eventos registrados fora do imóvel onde morava Alejandro.
Conforme Starling, às 22h30, Elielton Magno chegou ferido à guarita do condomínio e recebeu auxílio dos agentes de portaria. Às 22h33, Elizeu e Mayc saíram em alta velocidade do Condomínio Passaredo no carro Corolla. No banco de trás, Mayc segurava Flávio dos Santos, que estava ferido.