Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas) recorreu ao TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas), nesta sexta-feira (17), para manter os novos validadores de cartões de passagem nos ônibus do transporte público de Manaus. A mudança de equipamentos foi proibida pela Justiça na última quarta-feira (15).
Os novos validadores, fabricados pela Prodata, começaram a ser usados nesta sexta-feira (17), em substituição aos equipamentos da Meson Amazônia, que operava no sistema de bilhetagem eletrônica desde 2013. A mudança de fornecedor desses serviços ocorreu em meio a uma briga judicial entre o Sinetram e a Meson.
Na Justiça, a Meson afirma que, com o fim do contrato de 2013, ocorrido em setembro de 2021, firmou novo acordo com prazo de cinco anos com o Sinetram. O sindicato, no entanto, sustenta que, naquela ocasião, foi “coagido” a assinar o negócio para evitar que a empresa retirasse seus equipamentos e paralisasse o sistema de bilhetagem eletrônica.
O mudança no sistema causou superlotação e confusão nos terminais de integração de ônibus em Manaus nesta sexta-feira. Passageiros ouvidos pelo ATUAL afirmam que os novos validadores não mostram o valor que foi debitado, se houve aproveitamento da “integração temporal” e o saldo restante no cartão.
Na quarta-feira (15), a Meson conseguiu uma decisão urgente e provisória que proibiu o Sinetram de trocar ou remover os validadores dela dos ônibus, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento. A juíza Maria Eunice Torres do Nascimento considerou que há um contrato “válido e em pleno prazo de vigência” firmado em 2021 entre o sindicato e empresa.
O Sinetram sustentou, em recurso ajuizado nesta sexta-feira, que foi “obrigado” a assinar esse contrato com as condições impostas pela Meson porque, caso contrário, a empresa tomaria os equipamentos e o software do sistema de bilhetagem eletrônica. Isso inviabilizaria a venda e a utilização das passagens, alegou o sindicato.
O Sinetram também sustentou que no dia 1º de outubro de 2021, durante as negociações, a Meson chegou a tomar os equipamentos, o que resultou no “apagão” no sistema de bilhetagem eletrônica. Segundo o sindicato, essa medida gerou prejuízo de R$ 834,2 mil para as empresas e “provocou enormes transtornos para a população manauara”.
Atualização
O IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana), autarquia da Prefeitura de Manaus, trata o caso como atualização do sistema de bilhetagem do Sinetram. O software está instalado nas catracas dos ônibus e interligado nos computadores da sede do órgão.
“A necessidade do reparo no programa tem o objetivo de melhorar os serviços oferecidos aos usuários do transporte coletivo de Manaus. As mudanças já estão acontecendo desde o dia 10 de junho, porém houve a necessidade de intensificar os ajustes neste feriadão de Corpus Christi, para que no final de semana tudo já esteja dentro da normalidade”, informou o IMMU em nota.
Segundo o IMMU, os passageiros que usam o cartão PassaFácil cartão gratuidade e passe estudantil terão acesso normal aos ônibus, além dos usuários que utilizam o dinheiro para o pagamento da passagem. Isso não ocorreu na manhã desta sexta, em que o sistema falhou e gerou reclamações dos passageiros.
“Pedimos desculpas pelos transtornos e informamos que as equipes de Tecnologia da Informação (TI) estão trabalhando para normalizar o sistema até este final de semana”, divulgou o IMMU, na nota.
É uma porcaria essa novo sistema só dá minha carteirinha foi descontado 5 passagem onde eu pago so duas, ainda não vemos o saldo e nem o tempo de integração de um ônibus pro outro isso é um roubo
Mais uma forma abusiva de roubar os usuários de ônibus em Manaus!