Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Manaus deve priorizar o transporte coletivo, modal usado por 55% da população, para dar maior fluidez ao trânsito, segundo o engenheiro Manoel Paiva, ex-diretor do IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana de Manaus).
Nos últimos anos, a cidade priorizou os automóveis, e não as pessoas, o que causou problemas no trânsito em vias de grande circulação. Para candidatos a prefeito de Manaus, a solução é o uso de semáforos inteligentes e ciclovias.
“Infelizmente, é por isso que a gente vive esse conflito no trânsito. Os investimentos não foram para as pessoas que andam a pé, que utilizam o transporte público. As pessoas que moram mais distantes dos centros comerciais, de lazer e do trabalho precisam desse tipo de transporte. Se você for analisar os viadutos, não tem vez para quem anda a pé. Se você for caminhar por lá, não consegue atravessar com segurança”, disse Paiva.
De acordo com o engenheiro, a capital amazonense foi a que registrou o maior crescimento da frota, saltando de 452,3 mil em 2010 para 771,9 mil veículos em 2020, conforme dados do Detran-AM, mas não se preparou para o impacto. Com o aumento da frota, a cidade passou a não suportar o número de veículos que tem e a frota que vem dos municípios que fazem parte da região metropolitana.
Um dos problemas gerados com a falta de planejamento são os congestionamentos no trânsito em vias de grande circulação em horários de pico. Entre essas vias estão o acesso pela Avenida das Torres ao Complexo Viário Gilberto Mestrinho, mais conhecido como “Bola do Coroado”, a Avenida André Araújo, no bairro Aleixo, e a ligação entre Boulevard Álvaro Maio e Avenida Paraíba, no bairro Adrianópolis.
Esses congestionamentos afetam no tempo em que o manauara precisa para trafegar na cidade. Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no início deste ano com base em dados de 2019 aponta que o tempo médio de deslocamento entre casa e trabalho em Manaus é de 41 minutos. A capital amazonense ocupa a 14ª posição entre as 20 maiores cidades do país que foram objetos do estudo.
Leia também: Tempo médio de viagem entre casa e trabalho em Manaus é de 41 minutos, diz pesquisa
De acordo com Paiva, a Avenida José Lindoso, mais conhecida como Avenida das Torres, foi o maior investimento no sistema viário de Manaus nos últimos 30 anos, mas parte do projeto não foi concluído. “São mais de 17 quilômetros de vias, canteiro central, onde pode colocar ciclovia. Essa grande via corta a cidade de Norte a Sul a partir da Bola do Coroado”, afirmou o engenheiro.
Na Avenida das Torres, o afunilamento ocorre no acesso à Alameda Cosme Ferreira, outra via de grande circulação que coleta veículos, principalmente, da zona leste de Manaus. Além de um semáforo localizado a 560 metros da saída, a via, que tem três faixas, passa a ter apenas duas após a sinalização. Em horário de pico, veículos que vêm das zonas norte e leste disputam espaço para fazer manobra na ‘Bola do Coroado’.
“Ali tem um grande conflito de entrada e saída porque não foi feito outro projeto planejado pelo governo do estado que previa passagem de nível – passagem por cima e por baixo – na Avenida das Flores, chegando ou no V8 (Avenida Efigênio Sales) ou na Cosme Ferreira. E essa obra não foi feita. Foi feito somente a rótula Gilberto Mestrinho e que, realmente, não tem solução nenhuma”, disse Manoel Paiva.
O engenheiro afirma que os semáforos usados no trânsito de Manaus são “ultrapassados. “O semáforo é lá da década de 80, é ultrapassado. Não é uma tecnologia inteligente, não é o semáforo inteligente que tem em qualquer lugar do mundo para que se possa atuar computador, ele possa ser adaptado ao volume, dar preferência ao volume de veículos que tem”, disse Paiva.
“Nessa tecnologia ultrapassada, quando ele pifa, falta um operador de trânsito. É o cara que em vez de estar operando o sistema viário, está em baixo do semáforo multando as pessoas. Ele atua de maneira errada. O papel dele é o grande gerente de operar o trânsito em situações excepcionais”, completou o engenheiro.
Ao defender investimentos para o transporte coletivo, Paiva afirmou que 70% do sistema viário é ocupado por automóveis para o transporte individual e somente 20% da população usa esse 70% do transporte individual. “Todo restante, população que mora na periferia, no entorno de Manaus, ela usa o transporte coletivo”, disse Paiva.
“As nossas soluções de circulação de trânsito de maior fluidez estão atrapalhando a maioria da população. Vai ter que priorizar. Ou eu vou dar prioridade a quem mora longe, que é a maioria da população, para que eles tenham fluidez, possam chegar mais rápido em casa, ou a cidade vai ficar mais estressada”, afirmou Paiva.
Para o engenheiro, para priorizar o transporte coletivo é necessário que se crie faixas exclusivas no lado direito da via. “Apenas 15% da frota de automóveis está adaptada de porta do lado esquerdo para embarque e desembarque pelo lado esquerdo, as paradas do canteiro central. Eles têm poucos ônibus. Esses ônibus têm quase dez anos. E tem vida útil de 9 anos. Precisam ser substituídos”, disse o ex-diretor do IMMU.
Central de tráfego
Em relação aos afunilamentos, o candidato Amazonino Mendes (Podemos) defendeu estudos de engenharia de tráfego. “Em cruzamentos semaforizados sequenciais, as melhores opções são os ‘semáforos inteligentes’ que, por meio de uma central de tráfego em área, faz a gestão dos tempos e movimentos conforme o fluxo”, disse Mendes.
“No caso da Bola do Coroado, onde já existe um viaduto e um subterrâneo a situação é mais complexa, exigindo estudos específicos para uma intervenção de melhoria”, completou o candidato.
Sobre os ‘gargalos’ que a engenharia de tráfego da prefeitura não consegue solucionar, Mendes afirmou que “a prefeitura possui técnicos qualificados” e “é preciso saber se eles estão sendo ouvidos, se estão participando das decisões”. “O trânsito não é só uma questão de engenharia, mas de ordenamento urbano, infraestrutura viária, transporte coletivo, tecnologia”, afirmou Mendes.
Amazonino afirmou que é necessário implementação de políticas públicas voltadas para a inclusão da bicicleta como modal. “É preciso planejar e executar um plano cicloviário para a cidade, priorizando a intermodalidade com o transporte público”, afirmou o candidato.
Mendes também defendeu o investimento maciço no transporte público. “Promover a interação entre os modais de transporte. Fazer uma gestão tecnológica do sistema de transporte, buscando eficiência e qualidade do transporte, com tarifa justa, com ônibus em boas condições de uso”, concluiu o candidato.
Zonas de adensamento
Ricardo Nicolau disse que parte dos afunilamentos dependem de alargamento de vias, outros que cruzamento sejam evitados ou não permitir que um carro passe por outro lado. Ao defender o uso de semáforos inteligentes, o candidato afirmou que “a tecnologia dos simuladores vai ajudar a apontar as soluções e projetos mais assertivos”.
“Caso a caso, nós vamos implantar mudanças junto a profissionais qualificados e fazer as intervenções mais adequadas por meio do uso de simuladores modernos, que não vem sendo utilizados em Manaus”, disse o candidato do PSD.
Para o candidato, Manaus é uma cidade que cresceu sem planejamento, e “esse é o principal problema”. “O mesmo grupo político vem governando a cidade há trinta anos, e parece que nunca se preocupou em planejar. Nós temos o compromisso de montar uma equipe técnica e usar tecnologia para melhorar o trânsito”, afirmou.
Em relação a vias para veículos alternativos, Nicolau disse que é preciso “pensar no transporte de massa como alternativa”. “A médio prazo, nós vamos direcionar novas zonas de adensamento na cidade, como fazê-la crescer no Centro; com isso, muitas pessoas que trabalham no Centro podem habitar essa região e ir trabalhar de bicicleta. Construir pistas de bicicletas, bikes elétricas e serviço de compartilhamento”, disse.
Nicolau também defendeu estudos para realizar a “integração de variados modais”. “É preciso criar novos eixos viários, novas alternativas, passagens de níveis, viadutos, sinais inteligentes. Em geral, buscar várias alternativas e ações integradas que vão melhorar o trânsito e a mobilidade urbana a curto, médio e longo prazos”, afirmou o candidato.
Priorização
José Ricardo defendeu a modernização dos equipamentos de gestão e fiscalização do trânsito e a implantação de uma política de zero mortes no trânsito. “Vamos ter que fazer um grande estudo para verificar o fluxo de trânsito e, assim, vale para as várias outras grandes avenidas. É o caso da paraíba, André Araújo. Vamos ter que rever a questão dos semáforos e de algumas intervenções nas vias”, disse o candidato.
Ao sugerir o uso de semáforos inteligentes, Ricardo disse que a prefeitura não tem engenharia de trânsito e que essa é uma das propostas de governo dele. “Aqui não tem uma engenharia de trânsito. Não tem nenhum tipo de planejamento. Isso que tem que ser implantado. Essa é a proposta”, disse.
“Nós queremos modernizar os equipamentos de gestão, ou seja, envolve exatamente você trabalhar essa engenharia, com semáforos nos tempos certos, tudo controlado por computador, verificar os fluxos mais intensos e os horários e os dias para poder realmente o trânsito fluir melhor, sem falar nas intervenções no sistema viário”, afirmou José Ricardo.
O candidato do PT também defendeu a priorização do transporte coletivo. “Tem que ter um plano onde nós vamos tratar da questão do transporte coletivo como algo fundamental e prioritário. Esse é o caso das grandes cidades, mas também não inviabilizar o trânsito em função de automóveis. A tendência é, se melhorar o transporte, as pessoas tentar utilizar o serviço público de transporte”, afirmou.
José Ricardo disse que pretende viabilizar o uso de bicicletas e que já recebeu estudos de um grupo chamado “Pedala Manaus”. “Nós tivemos um debate em um grupo de trabalho e colocamos isso no plano de governo, algumas dessas propostas. E nós vamos fazer os estudos necessários exatamente para a bicicleta começar a ser, sim, um meio de transporte também para a cidade de Manaus”, disse.
O candidato também defendeu intervenção com corredores exclusivos para ônibus, redefinição de todas as linhas de ônibus e verificação do fluxo de veículos em cada via. “Ao longo do mandato fazer intervenções até no final de quatro anos você terá um trânsito melhor na cidade, menos violento, com menos, se possível, zero de morte, e onde os pedestres também tenham vez”, afirmou José Ricardo.
“A gente fala de transporte, do automóvel, mas há o pedestre. As sinalizações, as facilidades para o pedestre poder se movimentar na cidade, nas travessias, que hoje nós temos muitos acidentes por conta de não sinalização. Temos que fazer uma educação para o trânsito. Isso também vai ser priorizado com as verbas destinadas a área de comunicação, de publicidade”, concluiu o candidato.
Alargamento de vias
David Almeida (Avante) propõe o programa “Manaus Móvel”, que une infraestrutura, habitação e mobilidade urbana e está dividido em dois grupos: I – baixo ou médio custo/prazo/risco e II – alto custo/prazo/risco. Segundo o candidato, os projetos do primeiro grupo poderão ser executados no período de quatro anos, e do segundo dependerão de captação de recursos.
O uso de sistema inteligente de semáforos está incluído nos projetos que poderão ser executados a curto prazo, conforme o programa de governo de Almeida. O candidato defende o alargamento de seis vias, incluindo a Avenida André Araújo, no bairro Aleixo; a Avenida Djalma Batista, no trecho entre a Unip e a rodoviária; e a Avenida Humberto Calderaro, entre a Rua Belém e André Araújo.
A longo prazo, Almeida propõe a requalificação da Avenida Humberto Calderaro entre o shopping Manauara e o CSU (Centro Social Urbano), no bairro Parque Dez de Novembro. Para melhorar a fluidez no trânsito, segundo o candidato, será necessário a retirada do canteiro central, o alargamento da pista, uma faixa de ciclovia, uso de fiação subterrânea e arborização nas calçadas laterais.
O candidato do Avante quer criar corredor de ligação com a Avenida do Turismo e a Avenida Desembargador João Machado. Para resolver o problema de afunilamento na região da Bola do Coroado, Almeida pretende integrar a Avenida das Torres com a Avenida Rodrigo Otávio, conforme imagem anexada no programa de governo.
O programa de governo de Almeida também prevê corredor de ligação no eixo norte sul, construção de viaduto na Rotatória do Produtor e corredor viário exclusivo de ônibus. Também prevê a construção de uma rede cicloviária, instalação de bicicletários e criação de um “porto seco”, terminal intermodal terrestre diretamente ligado por estradas, vias férreas e/ou aéreas.
Planejamento
Apesar de reconhecer que o transporte público de Manaus é precário e que é necessário reduzir o tempo dos deslocamentos no espaço urbano, Alberto Neto (Republicanos) não apresenta nenhuma proposta concreta para otimizar a mobilidade urbana na capital amazonense, fazendo sugestões superficiais e genéricas, como o uso de tecnologia.
O candidato do Republicanos apresenta quatro eixos que, segundo ele, formarão a área da mobilidade urbana em uma possível gestão dele na Prefeitura de Manaus. A primeira é a “modernização, otimização e aumento da segurança do sistema de transporte coletivo, com a incorporação de novas tecnologias para planejamento, monitoramento e gestão”.
Alberto Neto também cita “planejamento para funcionamento integrado e eficaz de diferentes modais de transporte”, “programa de construção e recuperação de calçadas e meios-fios das principais vias de áreas comerciais e dos bairros” e “parcerias intergovernamentais e com a iniciativa privada para ampliação e modernização da infraestrutura viária de Manaus”.
Continuação
Com discurso de que “trabalho bom merece continuar”, em referência à gestão do prefeito Arthur Neto (PSDB), Alfredo Nascimento (PL) afirma que pretende “concluir o sistema de corredores exclusivos, com renovação da frota e tarifa justa”. O candidato cita, superficialmente, o uso de “tecnologia” nos ônibus e apresenta propostas que o apoiador dele Arthur Neto já tentou implantar na capital amazonense.
De acordo com Nascimento, o preço da passagem “deve ser justo, para remuneração do sistema e renovação da frota, e suportável pela população”; os ônibus devem circular “com horário pré-determinado, melhorando o sistema de controle e de informação à população; e é necessário “assegurar facilidade de trânsito às pessoas com algum tipo de deficiência ou dificuldade motora”.
O candidato do PL defende o uso de tecnologia nos ônibus para controle de “gratuidades, meia passagem e pagamento”. Atualmente, o SBE (Sistema de Bilhetagem Eletrônica) reúne informações sobre cadastro estudantil, localização de veículos em tempo real e biometria facial, que tem ajudado a inibir fraudes, segundo o Sinetram.
Nascimento também afirma que é preciso desenvolver “estudos para abertura de novas vias”.
Transporte fluvial
O programa de governo de Marcelo Amil (PCdoB) foca apenas no transporte público. Amil defende que a remuneração das empresas de ônibus, que atualmente ocorre pelo número de passageiros transportados, seja feita por quilômetro rodado. Segundo ele, o atual formato “assegura o lucro ao empresário independente da qualidade do serviço prestado”.
“Quem precisa usar o ônibus, vai usá-lo, mesmo que ele esteja lotado ou sem qualidade. Propomos a remuneração por quilômetro rodado. Assim, as empresa teriam mais interesse em manter sua frota funcionando plenamente, pra que pudessem rodar mais quilômetros e assim teríamos ônibus menos lotados”, afirma Marcelo Amil.
O transporte fluvial como complemento para o rodoviário “reduziria a necessidade de ônibus circulando na cidade” e “ajudaria a desafogar o já tão assoberbado trânsito manauara”, segundo Amil. O candidato propõe a construção de portos nos bairros Antônio Aleixo, Puraquequara e Tarumã para viabilizar o transporte de passageiros até o porto do São Raimundo através de lanchas.
Apenas Amil propôs a implantação do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho), conforme reportagem publicada pelo ATUAL. Segundo o candidato, o veículo partiria da barreira Manaus-Itacoatiara, localizada no bairro Viver Melhor, na zona norte de Manaus, com destino ao bairro Coroado, na zona leste, através da Avenida das Torres.
“Manaus já possui demanda e necessidade de transporte sobre trilhos. (…) É possível buscar financiamento internacional até mesmo a fundo perdido através de ações estratégicas com nações amigas que promovem estudos sobre a Amazônia”, afirma o candidato do PCdoB.
Mapeamento
Uma das propostas apresentadas por Chico Preto (DC) para reduzir o congestionamento nas vias da capital amazonense é o “mapeamento dos gargalos existentes no trânsito e aplicação de soluções imediatas através de alterações de trajeto e utilização de faixas reversíveis em horários de pico”.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a faixa reversível “consiste na inversão do sentido de circulação de faixas de rolamento para atender o sentido de maior demanda de tráfego”. É uma medida de engenharia de tráfego utilizada na cidade de São Paulo desde 1986 para aumentar a capacidade de fluxo das vias.
Entre 28 propostas, o candidato do DC também defende a realização de parcerias público-privadas para viabilizar “a retomada da construção de corredores de ônibus na cidade, buscando aumentar as opções de transporte público”, “o fortalecimento do transporte aquaviário” e a “revitalização e criação de novos bicicletários”.
“O caminho de parceria com os entes governamentais e com o setor privado podem fazer com que Manaus melhore a sua limpeza urbana, tenha ruas com uma qualidade asfáltica melhor, um serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto que funcione de verdade e que preserve o meio ambiente”, afirmou Chico Preto.
Corredores exclusivos
Gilberto Vasconcelos (PSTU) é um dos candidatos que apoiam o investimento em corredores exclusivos para ônibus em Manaus, mas, no programa de governo, não aborda o tema com profundidade. O socialista defende a criação de uma empresa pública de obras, a estatização do transporte e a criação de um sistema alternativo de aplicativo público para romper com o esquema de concorrência desleal dos aplicativos privados.
O programa de governo de Vasconcelos prevê um “plano de recuperação e ampliação viário que contemple todas as formas de deslocamento, inclusive de ciclovias”. “É preciso chamar quem entende do assunto – os profissionais que atuam no trânsito, os motoristas, e os usuários, os bicicleteiros, os transeuntes, e, evidentemente os engenheiros de trânsito”, afirmou o candidato.
Passagens de nível
Para melhorar a infraestrutura viária da capital amazonense, Coronel Menezes (Patriotas) pretende criar passagem de nível no cruzamento da Avenida Humberto Calderaro com a Avenida André Araújo; para interligar a Avenida Professor Nilton Lins e a Avenida Torquato Tapajós; e para permitir o acesso direto da Ponta Negra ao bairro Dom Pedro.
Ainda de acordo com Menezes, uma passagem de nível solucionaria o engarrafamento da Avenida das Torres com a Avenida Ephigênio Sales, com impactos na Avenida Cosme Ferreira e na Rotatória do Coroado. O candidato do Patriotas defende a ampliação da rede viária, com a realização de “pequenas intervenções”.
Consta no programa de governo de Menezes a criação de corredores exclusivos de ônibus, a renovação gradativa da frota de ônibus, estudos para a construção de novos terminais e estações de desembarque e embarque, sistema inteligente de controle de semáforos em tempo real, ampliação da rede de ciclovias e a implantação gradativa de bicicletários.
Ricardo Nicolau (PSD) também propõe o uso de sinais inteligentes; alargamento das vias principais; construção de novos recuos, alargamentos e retornos; construção de recuos para ônibus; a reavaliação da viabilidade da Faixa Azul e a criação de aplicativo para passageiros de ônibus, que, inclusive, já existe (Cadê meu ônibus).
Romero Reis (Novo) defende a implantação do sistema BRT (Ônibus de Trânsito Rápido), que, segundo ele, “utilizará vias segregadas e o modelo operacional de “metronização”. “Permitirá maior velocidade, desempenho e modernidade alcançados com uma infraestrutura exclusiva. A mudança deverá se dar através de nova concessão ou PPP (Parceria Público Privada)”, afirma Reis.
Também consta no programa de governo do candidato do Novo a implantação de sistema aquaviário e cicloviário, a padronização e adequação das paradas de ônibus ao clima, a definição de planos de trajetos e horários de circulação de veículos de cargas, uso de rotas secundárias e incentivo ao uso de bicicletas, patinetes elétricos e carros compartilhados.
De forma superficial, o candidato José Ricardo (PT) apenas cita, no programa de governo dele, planejamento e infraestrutura urbana, plano diretor, limpeza pública, saneamento ambiental, transporte coletivo, transporte hidroviário, trânsito, estacionamento e ciclovias.
Em parte, esse senhor tem razão. Difícil é acreditar nas promessas desses políticos, cujo o partido já vez parte da administração pública do país e das maiores capitais do Brasil e nada disso aconteceu! São verdadeiras, quando diz que Manaus é administrada pelo mesmo grupo há mais de trinta anos, passa a impressão que não aprenderam lidar com situações que perduram há dezenas de anos e sem haver soluções! Manaus não tem passagem de nível, ou em nível! pois, isso acontece quando há uma via de transito no mesmo nível da passagem de uma linha férrea, o que Manaus ainda não tem. Uma das alternativas mais rápidas para amenizar seria os governos estadual e municipal abrirem outros centros de atendimentos nos bairros mais populosos. Isso evitaria o deslocamentos das pessoas cruzando toda a cidade para serem atendidas. Outro detalhe mais importantes é que essas vias de transito rápido sejam projetadas com ciclovias e com mais duas vias de cada lado e com um canteiro central com 20 metros de largura para futuras intervenções. A via expressa, que foi inaugura recentemente, muito em breve sofrerá congestionamento.