Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – A Seduc (Secretaria Estadual de Educação) aguarda uma contraproposta dos professores que não seja os 35% de aumento salarial reivindicado pela categoria, afirmou o c-executivo Marcelo Henrique Campbell, na manhã desta terça-feira, 3, na ALE (Assembleia legislativa do Estado do Amazonas). Ele substituiu o secretário Lourenço Braga em audiência pública para explicar a situação financeira da secretaria aos deputados estaduais. Braga havia sido convidado, mas não compareceu.
“Não adianta chegar e dizer que querem 35% ou nada, que assim não há diálogo. Nós apresentamos uma proposta e estamos esperando uma contraproposta por parte do sindicato”, disse Campbell.
A proposta da secretaria foi de 4,57% de aumento pagos em abril e mais 10% divididos em 1% ao mês até dezembro, totalizando 14,57%. Esse índice, segundo Marcelo Campbell, está dentro do limite prudencial de quase 48% da folha de pagamento estabelecido na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Os professores, em greve há 15 dias, recusaram a proposta e mantiveram a greve em assembleias nessa segunda-feira, 2.
O secretário-executivo disse que o governo mantém a oferta de abono salarial no valor de um salário base anual divido em quatro vezes, reajuste do vale-alimentação e a progressão vertical que não era paga há mais de quatro anos. “O desconto de 6% no vale-transporte não vai mais ser feito e será formada uma comissão para elaborar o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração), mas agora o sindicato tem que apresentar uma contraproposta”, disse Campbell.
O secretário executivo reafirmou que está mantida a proposta de vale alimentação para professores e pedagogos em sala de aula de R$ 420. Hoje é de R$ 220. Já os funcionários que trabalham na área administrativa vão receber R$ 220, a partir deste mês de abril.
“Só estamos esperando a contraproposta do sindicato. A negociação está aberta, mas não podemos conceder o aumento de 35%, mas, podemos estruturar uma outra forma como benefício”, disse Campbell.
Na galeria da ALE, professores protestaram contra o posicionamento do secretário-executivo de Educação e declararam que não aceitam os 14,57%. Tanto o Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas quanto a Asprom Sindical (Associação dos Professores e Pedagogos do Amazonas) recusaram a proposta e mantiveram a exigência de 35%. Com a decisão do governo de não negociar esse índice, o impasse deve se prolongar e estender também o período de greve.
O que fere a Lei é os escândalos na CGL!