Teófilo Benarrós de Mesquita, da Redação
MANAUS – “Se proibir o ‘foguete’ com barulho estarão comprometendo uma série de empregos. Se parar de vender ‘foguete’ com barulho, fecha o comércio”, diz o empresário Sirlon Marques Santana, proprietário da Foguetaria Goiás, no Centro de Manaus, ao reagir a projeto de lei em análise na CMM (Câmara Municipal de Manaus).
O PL trata da proibição de uso de fogos de artifícios que produzam barulho, foi apresentado pelo vereador Rodrigo Guedes (PSC) em abril deste ano e teve parecer favorável aprovado nesta segunda-feira (28).
“Não sei bem como foi feito isso aí, quais foram os critérios usados, mas deveria ser melhor pensado e discutido”, propõe Sirlon. “Não existe um percentual significativo de fogos sem barulho”.
O empresário cita que os impactos vão além de Manaus, lembrando que uma pequena cidade mineira – Santo Antônio do Monte -, responsável por 95% da produção nacional de fogos, também pode ser afetada.
“Temos uma cidade no interior de Minas Gerais que é onde produz 95% dos fogos vendidos no Brasil. Se parar de vender foguete com barulho vamos matar uma cidade daquelas, que depende 80% da atividade de fogos”, diz. Santo Antônio tem 76 fábricas de fogos de artifício.
Sirlon também alega que “quase todo ‘foguete’ tem barulho” e afirma que o hábito de soltar ‘foguetes’ está ligado a “chamar atenção, fazer barulho”.
“A população compra foguete exatamente pelo barulho, uma coisa comemorativa, para fazer barulho, para chamar a atenção. Foguete é para você comemorar alguma coisa, para alegria, para festejar. E festejar sempre tem um barulhozinho a mais”, defende.
“Manaus tem umas 8 lojas no seguimento e todas elas iriam demitir com essa medida”, alerta o empresário.