Por Carolina Linhares, da Folhapress
CAMPOS DO JORDÃO-SP – O ministro da Educação, Ricardo Vélez, afirmou nesta sexta-feira, 5, que não irá entregar o cargo. Velez falou com a imprensa durante 18º Fórum Empresarial Lide, que ocorre em Campos do Jordão (SP). Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro indicou que o ministro deve deixar o comando da pasta na próxima segunda-feira, 8.
O ministro evitou responder perguntas sobre uma eventual saída do ministério. Afirmou apenas que Bolsonaro não conversou com ele a respeito. “Eu pessoalmente não tenho notícia disso”, respondeu ao ser questionado sobre sair do ministério. “Pretendo participar do fórum e não vou entregar o cargo”.
Vélez disse ainda que ‘a única coisa insustentável é a morte’ ao ser questionado se sua permanência seria insustentável. Sobre críticas à gestão no MEC, o ministro disse que a saída é racionalidade. No Lide, a uma plateia de empresários, ele defendeu foco do governo em alfabetização e ensino profissional, evitando temas polêmicos e ideológicos.
Após a palestra, Vélez falou com a imprensa por menos de dois minutos, somente no caminho de ida e volta até o banheiro. Depois, voltou ao auditório para ouvir as próximas palestras.
Bolsonaro, nesta sexta, indicou a saída do ministro. “Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima”, disse o presidente em um café da manhã, nesta sexta, 5, com jornalistas no Palácio do Planalto. A Folha estava entre os convidados. Vamos supor que seja a saída dele (Vélez).
O presidente indicou ainda que não descarta reaproveitar o ministro em outra área do governo. “Até segunda, vai ser resolvido, ninguém mais vai reclamar. Vélez é boa pessoa. Quem vai decidir sou eu. Segunda é o dia do fico ou não fico”, disse o presidente.