Da Redação
MANAUS – Há um mês em greve, professores da rede estadual pública de ensino ocuparam a galeria da ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas), na manhã desta terça-feira, 14, para pressionar os deputados. Os trabalhadores cobram intermediação do Legislativo na negociação por reajuste salarial com o governador do Amazonas, Wilson Lima.
Imitando chamada em sala de aula, os manifestantes citaram os nomes dos deputados em plenários e gritavam “faltou”. O presidente da ALE, Josué Neto, pediu respeito e diálogo. “Essa relação é de respeito e de conversa, não é muito diferente de uma relação entre um marido e uma mulher. Se não houver respeito e conversa, nunca vai se resolver”, disse.
Após conversa com representantes do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), o presidente da Casa cedeu espaço na ALE para a realização da assembleia geral do sindicato.
Segundo Josué Neto, a proposta de reajuste do governo ainda não chegou à Assembleia e quando for recebida será debatida com os professores. “A nossa primeira atitude é abrir a proposta para os representantes da classe educacional e debater com eles”, disse.
Nesta segunda-feira, 13, o governador Wilson Lima disse em pronunciamento que o movimento grevista é político-partidário e tem o objetivo de desgastar a atual gestão, o que foi encarado pela categoria como um rompimento nos acordos.
A greve completa 30 dias nesta terça-feira com escolas paralisadas totalmente em 41 municípios, segundo Beatriz Calheiro, do comando de greve do Sinteam. A classe tem como principal reivindicação o reajuste de 15%, contra os 4,73% oferecidos pelo estado.