MANAUS – O representante da Norte Serviços Médicos, Carlos Henrique Alecrim John, disse, na tarde desta quarta-feira, 1°, em depoimento à CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas, que a empresa prestou serviços de lavanderia para o Hospital de Retaguarda Nilton Lins, entre os meses de abril a junho, mas não houve controle da quantidade de material lavado e nem atesto por parte da unidade de saúde ou da Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas) que comprove a serviço prestado.
A empresa alega que tem lavou 44 toneladas de roupas desde o dia 18 de abril, quando começou a prestar os serviços no hospital de campanha do governo do Amazonas. Em média, seriam 3,5 toneladas de roupa por dia.
No depoimento, Alecrim John, que se apresenta como procurador da empresa, disse que as roupas eram levadas por um caminhão para a lavanderia, que ficava no bairro Praça 14, zona sul de Manaus, e quanto retornava ao hospital, ninguém conferia as quantidades.
“Era muito desorganizado”, disse o procurador da empresa, ao ser questionado pelos deputados. O único documento apresentado por ele aos membros da CPI é um atestado assinado pelo secretário-executivo adjunto de Assistência Especializada à Capital, Thales Schincariol, mas não há informações no documento sobre quantidade.
A empresa apresentou a fatura à Susam no fim de junho e aguarda manifestação da secretaria. Os deputados da CPI duvidam que foram prestados os serviços na quantidade informada pela empresa.