O Estado islâmico (EI) até tentou jogar a Europa e as demais nações do Ocidente contra os refugiados, sobretudo os advindos da Síria e de outros países da África, todavia, a manobra não surtiu efeito. Não tem sido os refugiados o “presente de grego” ofertado por esse tempo à humanidade.
Apesar dos últimos atentados (13/11) em Paris e das ameaças renovadas à Itália, ao Vaticano, aos EUA, à própria França e outros Estados, as nações ocidentais estão conseguindo discernir a tentativa do Estado islâmico de manipular a posição de nações ocidentais em relação aos refugiados e ao humanitário drama que eles representam.
A quase totalidade dos refugiados, em especial os procedentes da Síria e outros países da África e oriente médio, está deixando os países de origem ou em que estavam estabelecidos principalmente por causa da guerra e dos horrores promovidos pelos extremistas do Estado islâmico.
A Europa e outros países compreenderam a situação e até aqui não caíram na armadilha do EI, que tentou jogar os ocidentais contra os refugiados, de modo a vitimar ainda mais estes, a fim de que os mesmos, revoltados pela rejeição do velho mundo, aderissem às fileiras de grupos e organizações extremistas, associadas ao islamismo, inclusive servindo ao obscurantismo de um suposto Estado que se diz adepto do Corão e de Maomé, em nome de uma visão radical e ultra-primitiva da divindade que diz servir.
Os refugiados largaram forçosamente sua vida, nação, cultura e atividade por conta sobretudo dos eventos de violência, de guerra e de terror promovidos pelo dito Estado islâmico e não porque simplesmente quiseram ser um peso e um risco a mais para a Europa e parte do mundo ocidental. Seria, de fato, irracional pôr os europeus e resto do mundo contra os refugiados, pois não tem sido estes o “cavalo de Tróia” que desestabilizar a partir do interior as sociedades ocidentais.
A epidêmica adesão a modelos ideológicos extremistas, como os de radical fundamentalismo religioso ou político ou econômico, difusores do obscurantismo, da violência, do crime e do terror sistêmico, é o que efetivamente constitui o “presente de grego” deste tempo.
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