Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Após ter recurso rejeitado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) nessa terça-feira, 26, o prefeito de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus), Romeiro Mendonça (PDT), afirmou que a cassação de seu mandato é “questão política” e que vai “lutar até o final” para continuar no cargo. Mendonça e o vice-prefeito Mário Abrahão tiveram os mandatos cassados por usar dinheiro de fonte desconhecida na campanha de 2016.
“Hoje (terça), o Tribunal Regional Eleitoral tomou uma decisão que pode me afastar do cargo de prefeito. Quero te dizer que vou lutar até o final para manter o mandato que você me concedeu que são de quatro anos. Quero te dizer que não vou deixar o processo político atrapalhar esse sonho de querer fazer Figueiredo melhor”, disse Mendonça em vídeo publicado na página dele no Facebook.
Ao rejeitar os embargos declaratórios apresentados pela defesa dos gestores de Presidente Figueiredo, os desembargadores eleitorais do TRE atenderam o pedido do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) e determinaram a realização de novas eleições após o esgotamento de recursos. A defesa ainda pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
13º salário
Para “mostrar que está tudo normal” na gestão municipal, Mendonça anunciou que a prefeitura pagará o 13° salário aos funcionários públicos nos dias 28 e 29 deste mês junto com a folha de pagamento do mês de novembro. “Presidente Figueiredo será o primeiro município a pagar a segunda parcela do décimo terceiro para você, para mostrar que está tudo normal. O resto é questão política”, disse o prefeito, em vídeo.
Fonte desconhecida
No último dia 26 de setembro, o TRE-AM cassou os mandados de Romeiro Mendonça e Mário Abrahão após voto vista da desembargadora eleitoral Ana Paula Serizawa. A magistrada mostrou que duas pessoas que doaram R$ 50 mil e R$ 150 mil para a campanha de Romeiro Mendonça não tinham capacidade econômica para realizar as doações. Segundo ela, o dinheiro foi repassado aos “doadores” por empresas e terceiros, nos mesmos dias em que as doações foram efetivadas.
A reportagem tentou ouvir a defesa de Romeiro Mendonça, mas as ligações não foram atendidas.