Da Redação
MANAUS – O mais tradicional ponto de venda de coco gelado em Manaus, no calçadão da Ponta Negra, está de casa nova. A nova Praça dos Cocos foi inaugurada no fim da tarde de sábado, 7, e é fruto de parceria público-privada em um terreno no calçadão onde antes os vendedores trabalhavam em barracas improvisadas.
A nova área, totalmente requalificada, abriga 22 permissionários com quiosques padronizados em harmonia com as demais construções do local, banheiro, recuo para veículos, paisagismo e painéis em grafite ou street art, com cenas do cotidiano amazônico valorizando a cultura, a arte, o meio ambiente e o regionalismo. Além da valorização dos trabalhadores do local, o projeto também valoriza os costumes da região e incentiva o turismo.
A praça foi inaugurada pela presidente do Fundo Manaus Solidária, a primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro, representando o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB).
“É muito importante destacar que esse espaço seria desapropriado pela Prefeitura de Manaus, mas o proprietário se engajou no projeto e cedeu 280 metros para a prefeitura instalar os quiosques padronizados, do recuo e de outros benefícios para consolidar esse nicho de mercado e dar condições de trabalhos aos 22 permissionários do local”, afirmou a primeira-dama. “Estamos dando um espaço digno aos trabalhadores e cuidando da nossa cidade”, completou.
Elisabeth Valeiko Ribeiro disse que a Prefeitura de Manaus também cria oportunidades para o turismo local, valorizando ainda mais um espaço como a Ponta Negra, que está entre os roteiros mais lembrados e procurados na cidade.
A praça dos Cocos dá lugar às antigas instalações individuais, com estrutura metálica, piso em pedra portuguesa, telha tipo galvalume, bancadas de granito, gradis de segurança, brises em metalon.
A praça passa a contar com 11 boxes construídos em 215 metros quadrados. Os permissionários têm pontos de água, áreas para freezer, bancos, lixeiras e paisagismo com floreiras.
O projeto arquitetônico preservou e integrou os pés de ficus e palmeiras existentes na área arborizada com intuito de garantir um maior conforto térmico. Além disso, e de tornar as raízes dos ficus parte integrante do projeto, o espaço recebeu paisagismo e iluminação para garantir harmonia e segurança.
“Manaus ganha um espaço qualificado, os permissionários ganham um lugar digno de trabalho e a cidade ganha a beleza do paisagismo e do urbanismo que só o Parque Ponta Negra tem”, disse o diretor-presidente do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Cláudio Guenka.
Além do projeto realizado na área frontal do terreno, onde estão os quiosques, todo o terreno foi revitalizado e vai abrigar um projeto de turismo, lazer e comércio de alimentos.
O construtor Jean Faria, contratado pelo proprietário do terreno, destacou que foi realizado serviço de infraestrutura na área, com contenção, drenagem profunda, escada hidráulica para evitar erosão do barranco e aproveitamento total do patrimônio natural.
“A ideia é colocar nesse espaço algumas lanchas e barcos que vão servir como lanchonete e outros pontos de vendas de alimentos”, informou Faria.
O novo espaço foi bem recebido por consumidores e permissionários. “Há muito tempo estávamos esperando por um projeto como esse. Antes, vendíamos nosso coco aqui, mas nossas barracas eram feias e improvisadas. Agora, está bonito, organizado e nossas vendas vão melhorar”, afirmou a permissionária da barraca de coco da Tia Célia, que trabalha há 18 anos no local.
Gabriel, assíduo frequentador do calçadão da Ponta Negra, onde faz corridas diárias, não resistiu à novidade. “Fazia um tempinho que eu não parava aqui, mas hoje eu ia passando e quando vi essa novidade, não resisti e parei. Tá muito bonito. Muito legal mesmo”, disse, aproveitando para se deliciar com um coco geladinho.
Street art
O painel de grafite introduzido no espaço leva assinatura dos artistas gráficos Jarbas Lobão, Sprok, San e Bin, transformando a paisagem urbana com mais arte. O muro está próximo de um cenário paisagístico, às margens do rio Negro.
“A ideia aqui é valorizar o caboclo, o índio, a fauna, a flora, o meio ambiente”, destacou o grafiteiro Jarbas Lobão.
“Esse tipo de arte dá uma cara diferenciada, agrega valor e as pessoas que vêm de fora e não conhecem nossa realidade já tem nesses painéis um referencial da cultura regional”, disse Jarbas, que já deixou arte a céu aberto, com obras nos viadutos do Boulevard, avenida das Flores, no Manauara Shopping, no hostel flutuante Abaré, Samsung, além de participar de exposições coletivas de artistas e de cursos para iniciantes em graffiti.
Jumentice! Anteriormente era possivel estacionar mais de um veículo por barraca para.comprar agua de côco. Agora, q se danem os vendedores de côco. Né mesmo, Prefake Arthur!