Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – Para o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB), o abastecimento de água em Manaus não deve ser pauta da campanha eleitoral deste ano. Na avaliação do tucano, a administração dele conseguiu avanços no setor, principalmente em ação conjunta com o então governo de Omar Aziz (PSD), com a entrada em atividade do Proama (Programa Águas para Manaus).
Sem citar nomes, o prefeito afirmou na sexta-feira, 2, que “não se deu bem” quem tentou usar o tema da água na última campanha para a Prefeitura de Manaus. “Um tema que era carro-chefe das campanhas deixou de se falar nele. Quem falou nele na última eleição não foi tão bem. Está aí a história recente para registrar. Não foi nada bem. Afinal de contas, um lugar que não tinha água, quando se foi ver, tinha bastante”, disse Arthur.
‘Farsa’
A declaração do prefeito é uma referência à campanha de seu adversário em 2016, Marcelo Ramos (PR), que apresentou em um dos seus programas eleitorais uma personagem relatando não ter água em casa. Dias depois, uma equipe da campanha de Arthur foi ao local e disse ter encontrado água nas torneiras da residência. O episódio foi denominado pelo tucano como a ‘farsa da água’.
Segundo o prefeito, os problemas que ocorrem no abastecimento de água atualmente são pontuais, principalmente ligados a falhas no fornecimento de energia da Eletrobras Distribuição Amazonas, justificou o político. De acordo com Arthur, o problema no setor começou a ser resolvido ainda no segundo mandato dele (2013-2016), por meio da parceria com o ex-governador Omar.
“Em oito primeiros meses de governo nós colocamos água para 562 mil pessoas entre as zonas norte e leste. Eu não fiquei discutindo quem tinha feito o Proama, quem era contra o Proama. Não quis saber se um dirigente tinha raiva do outro, ou se achava que o outro era feio”, disse Arthur.
Para o tucano, um dos desafios no abastecimento de água em Manaus é o acelerado crescimento populacional da cidade. Segundo ele, entre 2013 e 2016, a população da capital do Amazonas cresceu em mais de 300 mil pessoas. “É como se você corresse sempre atrás do prejuízo”, declarou Arthur.