Então, qual é o Problema? Diante do cenário político que nos envolve, convenhamos, é de muito difícil discernimento a lógica que preside o sentido ou a política do Brasil, é por essa dificuldade que a comunidade internacional tem se recusado a fazer novos investimentos no país. Quando as agências internacionais de consultorias de economia política, entidades respeitadas pelo alto nível de competência científica, identificam essas fragilidades internas em determinado país, passam a produzir relatórios que servem de parâmetros para investidores, principalmente investidores financeiros.
Essas agências têm expertise e conseguem não apenas diagnosticar as causas, mas, também, têm a competência de fazer projeções de cenários para a superação. Nesses tempos, conhecidos como pós-modernos, a instabilidade da economia tem se demonstrado como uma constante. A rigor, não há sequer um país que esteja infenso a esse movimento circular das crises. Há, todavia, países em situações de maior equilíbrio, e esse equilíbrio começa inexoravelmente pelas condições internas de estabilidade social, que implica uma série de condições estruturais que se refletem na maior ou menor credibilidade política do país.
A estabilidade social não é garantia para que um país não sofra os efeitos de uma crise da economia, mas em qualquer circunstância é um fator de grande atenuante, bem diferente do que seria enfrentar uma crise desprovido das condições de estabilidade interna.
Conversando com um profissional de Saúde, sobretudo quando é um gestor público do setor é comum que ele pense que a atividade de política pública mais importante é a Saúde, e esse modo de pensar é extensivo a muitas outras áreas profissionais. Agora, caro leitor, impõe-se um questionamento: Nós brasileiros, de qualquer Estado, vinculados ou não a qualquer governo ou partido político, mais ou menos esclarecidos, temos consciência de que o País está no meio de uma profunda crise moral. Estamos num desjejum de boas notícias, pelo contrário, todos os dias tomamos conhecimento de desmandos, de inflação na economia, desemprego, juros altos, desmando nos serviços públicos em todos os setores e em todos os níveis e corrupção envolvendo dirigentes políticos, grandes empresários, pessoas influentes nas altas instâncias de poder da República.
Parece claro que o nosso “problema”, o maior de todos, consiste na profunda crise moral. Uma pergunta nos suscita, em que instituição você confia, em que autoridade você confia. Os investidores utilizam os consultores para tomar decisões, e nós brasileiros utilizamos que parâmetro para tomar as nossas decisões? Com que critério escolhemos nossos políticos por exemplo.
Um País que se preza tem como primeiro compromisso político institucionalizar e garantir a preparação da sua nação. Tem sido um lugar comum a afirmação de que o desenvolvimento de um país está diretamente relacionado com o investimento que faz na educação da nação, nada mais sabido. Inegavelmente, a partir da Constituição de 1988 o Brasil institucionalizou Marcos Regulamentadores da Política de Educação, e os nossos indicadores melhoraram muito, mas muito dos progressos que atingimos nesses últimos anos, parecem ter estagnado.
Quando por exemplo nos referimos a ausência de parâmetros para escolha de dirigentes dos poderes da República, aí sentimos a negação de uma educação republicana, que prepara cidadãos propriamente, e não é só porque não sabemos votar, é por todas as consequências decorrentes de uma formação incompleta.
É com, e somente com um processo educacional que se pode promover uma nação, o nível de desenvolvimento social e cultural e a possibilidade de uma economia sólida. Nesses tempos, mais do que em tempos passados, não há qualquer país socialmente desenvolvido com a ausência de um bom padrão de política educacional. De igual modo, exceto os países que exportam comodites, como é o caso dos exportadores de petróleo e alguns minerais, não há país com produção econômica de bom nível percapita se não tiver um bom sistema educacional.
O atual cenário da Política no Brasil parece guardar uma relação de proximidade muito grande com o estado da Educação brasileira, entre os países da América do Sul somente a Bolívia tem pior indicador de analfabetismo em relação ao Brasil. Ainda em relação a essa variável, no conjunto dos países latino americanos e do Caribe, o Brasil figura em nono pior desempenho, atrás de Haiti, Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador, Republica Dominicana, Bolívia, Jamaica, e depois Brasil, com 11,3% de analfabetos, que não sabem ler e escrever, na idade acima de 15 anos. No Conjunto dos onze países que têm mais de dez milhões de analfabetos, aparece o Brasil com catorze milhões, ao lado De Egito, Marrocos, China, Indonésia, Bangladesh, Índia, Irã, Paquistão, Etiópia e Nigéria.
Pois é, Veja que decepcionante, em que nível nos encontramos, e sabemos não é por falta de dinheiro, falta outra coisa… faltam outras coisas…
Pois é!