Da Redação
MANAUS – No início da reunião da CPI da Covid nesta quarta-feira, 5, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que ouviu do comandante do Exército Brasileiro, general Paulo Sérgio de Oliveira, a confirmação de que dois assessores do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foram contaminados por Covid-19. Aziz disse que Oliveira prometeu informar à comissão formalmente e que “a questão está sanada”.
“Eu entrei em contato com o general Paulo Sérgio. (…) Ele me comunicou no dia seguinte que infelizmente dois assessores do general Pazuello tinham testado positivo. E disse a mim que iria mandar um comunicado à CPI. Eu falei: nós aguardamos. (…) O general Paulo Sérgio é conhecidamente um homem de respeito e de trabalho e eu de forma nenhuma duvidei nenhum momento do que ele me comunicou”, afirmou Aziz.
O presidente da CPI da Covid respondia ao pedido do senador Otto Alencar (PSD-BA) para que Pazuello apresentasse comprovação de que os assessores com quem teve contato estão com Covid-19. Alencar disse que confiava na palavra de Pazuello e de Oliveira, mas que “por se tratar de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a verdade tem que ser plenamente dita na sua essência”.
Omar Aziz disse que, na conversa com Paulo Sérgio de Oliveira, esclareceu que a convocação de Pazuello para depor na CPI da Covid não alcança o Exército. “A convocação do ex-ministro da Saúde Pazuello não era o Exército que estava vindo aqui. Deixar muito claro para separar o Pazuello do Exército Brasileiro. O Exército não está sendo ouvido na CPI”, disse o presidente da comissão.
Aziz disse ainda que o ato busca evitar desentendimento entre instituições. “Eu disse ainda que nesse sentido era importante a gente separar as coisas para que não se colocasse dúvida da participação do general Pazuello. Fiz isso como presidente da comissão para que não haja nenhum desentendimento entre instituições. Não é o Exército brasileiro que estaria aqui”, disse o senador.
O presidente da comissão também disse que houve uma proposta do próprio Pazuello de prestar depoimento remotamente, mas foi mantida a presença dele para após a quarentena. “A gente ouvi-lo depois da quarentena, no dia 19”, afirmou Aziz.