Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O juiz federal Alexandre Augusto Quitas, da 2ª Auditoria da 11ª Circunscrição Judiciária Militar, condenou 11 oficiais do Exército, oito militares de baixa patente e sete empresários envolvidos em esquema que desviava dinheiro de organizações militares de Manaus. Conforme a denúncia, os militares recebiam propina de empresários para fraudar licitações de alimentos para a caserna.
De acordo com o MPM (Ministério Público Militar), o esquema começou no 12º Batalhão de Suprimentos e se estendeu ao CMA (Comando Militar da Amazônia) e ao 1º BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), em Manaus. Também alcançou a Divisão de Suprimentos, em Brasília, e o 21º Batalhão de Suprimentos, em São Paulo. A lista dos condenados está no final da matéria.
Inicialmente, o MPM ofereceu três denúncias. A primeira aborda a compra de alimentos através de procedimentos licitatórios fraudulentos. A segunda refere-se à compra de embarcações regionais superfaturadas e sem condições adequadas para uso. E a terceira trata do acerto fraudulento entre um coronel e um empresário para fornecimento de arroz. As três ações penais foram reunidas após decisão judicial.
O MPM denunciou que havia manipulação da planilhas de preços que servia de base para a compra de alimentos para o Exército, que o grupo de empresários corrompia militares para ter suas empresas favorecidas em licitações e que os militares recebiam propina para receber produtos com quantidade e qualidade inferior e para usar dinheiro público para comprar embarcação velha.
Entre os empresários envolvidos estão Cristiano Cordeiro (Big Amigão); João Leitão Limeira, Derik Limeira, Adalto Carneiro Portela Filho, Adelson Fernandes de Souza (A. Fernandes), Rubens Freitas (Alimentec) e Joaquim Stello Lobato Nogueira.
A maior pena alcança 16 anos de prisão e foi aplicada ao coronel Francisco Nilton de Souza Júnior, condenado por peculato, com a agravante de que o dinheiro desviado foi maior que 20 salários mínimos. Ele foi condenado por autorizar o recebimento de itens impróprios ao consumo humano, além do pagamento de itens que sequer foram recebidos.
Em relação ao pagamento de propina a militares para fraudar licitações, o MPM sustentou que o contato do capitão Henrique dos Santos Botelho, do 12º Batalhão de Suprimentos, com o empresário João Leitão era tão estreito que Leitão e Cristiano Cordeiro contrataram prostitutas e promoveram uma festa em um motel de Manaus para os oficiais do Exército.
Foram condenados:
Cel Francisco Nilton De Souza Júnior
Cel Vitor Augusto Felippes
Tc Omar Santos
Maj José Luiz Viana Bomjardim Da Silva
Cap Henrique Dos Santos Botelho
Cap Fábio José Capecchi
Cap Ilídio Quintas Fernandes
Cap Carlos Alberto Teixeira Ramos
Cap Erick Corrêa Balduíno De Lima
Ten Leonardo Leite Nascimento
St Adroaldo Foletto
Sgt José Carlos De Oliveira Amaral
Sgt Francivaldo Da Costa Gomes
Ex-Sgt Alexandre Da Silva Souza
Sgt Joelson Freitas De Jesus
Sgt Maximilliam Nascimento Da Costa
Sgt Marthonni Wandré Dos Santos Souza
3º Sgt Giovani Da Silva Souza
Ex-3° Sgt Bruno Pereira De Almeida
Cristiano Da Silva Cordeiro
João Leitão Limeira
Derik Costa Limeira
Aluízio Da Silva Souza
Adalto Carneiro Portela Filho
Rubem Araujo De Freitas
Everaldo De Oliveira Da Rocha
Esse, junto com os neopentecostais (ou falsos cristãos) foram – e continuam sendo os maiores apoiadores do Bolsonaro contra a corrupção. “Onestos” SQN
Honesto mesmo são os PETISTAS, né não?