Da Redação
MANAUS – Obras públicas paralisadas no Amazonas que somam R$ 836 milhões são oportunidades para empresas de construção civil. São 80 contratos no Estado travados por ações judiciais ou abandonados. O TCU (Tribunal de Contas da União), em parceria com os tribunais de contas nos estados, tenta recuperar dinheiro dessas obras em todo o país.
Em Manaus, o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas) obteve relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado) sobre as obras abandonadas. O documento foi fornecido pela presidente da instituição, Yara Lins dos Santos.
Segundo o presidente do Sinduscon, Frank Souza, a ideia da entidade é colaborar, com o apoio às empresas, para que as obras sejam retomadas imediatamente e gere empregos. “Colocamo-nos à disposição para ajudar a destravar essas obras paralisadas, movimentando, assim, a economia. Queremos tratar o problema na base, para que não aconteça mais”, disse.
O mapeamento é resultado de uma ação nacional do Comitê Interinstitucional de Diagnóstico de Grandes Obras Suspensas e Paralisadas, coordenado pelo CNJ Conselho Nacional de Justiça) e a Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil).
Um balanço preliminar do TCU, divulgado em 2018, apontou para a interrupção de 14,4 mil contratos em todo o país em um valor aproximado de R$ 144 bilhões. O levantamento realizado considerou os projetos com valor mínimo de R$ 1,5 milhão, para obras públicas que foram interrompidas em decorrência de decisões judiciais, que tenham iniciado a partir de 2009 ou por ordem de paralisação.
Foram consultados na coleta de dados no Amazonas, ao todo, 62 municípios e 14 órgãos do Estado e da Prefeitura de Manaus, entre eles a Secretaria Municipal de Infraestrutura de Manaus (Seminf), Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).