MANAUS – O vereador professor Bibiano (PT) criticou a escolha do novo titular do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans). Eudes Menezes Albuquerque, que já atuava no órgão como procurador jurídico, foi escolhido para comandar a pasta. O anúncio ocorreu nesta quarta-feira, 28, pelo prefeito Arthur Neto.
De acordo com o vereador, a decisão do Executivo preocupa, uma vez que o escolhido era o responsável pelos pareceres jurídicos emitidos pelo Manaustrans, inclusive, no que se refere aos processos licitatórios. Dessa maneira, ele também assinou em ‘letras garrafais’ o resultado do certame que escolheu o Consórcio Manaus Seguro, composto por empresa envolvida em suspeitas de irregularidade. “Não vejo nenhum tipo de indicativo de mudança com o trato do que é público que seja diferente do titular anterior da pasta”, disse Bibiano.
Segundo ele, o ideal seria que o Executivo tivesse levado em consideração para a escolha do novo diretor-presidente do Manaustrans a formação técnica voltada para a área de políticas urbanas. “Essa escolha não traz esperança de que o caos da mobilidade urbana da nossa cidade seja resolvido”, afirmou.
Eudes Albuquerque assumirá a direção do Manaustrans após a exoneração de Paulo Henrique Martins, na última segunda-feira, por conta de denúncias envolvendo o processo licitatório para a escolha da empresa responsável pela implantação de novos radares na cidade.
A bancada petista, formada pelos vereadores Professor Bibiano, Waldemir José e Rosi Matos, apresentou requerimento solicitando a abertura na Casa de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar indícios de irregularidade no processo licitatório como um todo a fim de averiguar se houve infração à ordem econômica por meio de violação à livre concorrência e de direcionamento de resultado. B
ibiano explica que a exoneração do ex-diretor-presidente não anula o objeto do pedido de CPI, uma vez que se busca analisar o processo licitatório como um todo e não o resultado superficialmente.