Da Redação
MANAUS – Na fila de espera da UTI aérea, que traz pacientes do interior do Amazonas para Manaus, há 66 pedidos de remoção. Desses, 52 são de pessoas com Covid-19. Os dados atualizados até este domingo, 7, foram apresentados pelo secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, em live nas redes sociais na manhã desta segunda-feira, 8. “São duas aeronaves, uma para cada tipo de atendimento que nós realizamos”, disse Campêlo.
Parintins (a 369 quilômetros de Manaus) é o município que mais tem pacientes na fila, seguido por Tabatinga, Itacoatiara e Tefé (a 1.106, 176 e 522 quilômetros da capital, respectivamente).
Segundo Campêlo, nas últimas 24 horas sete pacientes foram trazidos a Manaus, de Itacoatiara, Parintins, Lábrea e São Gabriel da Cachoeira, os dois últimos a 702 e 862 quilômetros da capital, respectivamente.
Apesar do número alto de pessoas esperando a transferência, Campêlo afirma que a remoção por UTI aérea é diária. “Um trabalho que é feito, diga-se de passagem, diariamente, 24 horas por dia de remoção de UTI aérea no interior do Amazonas”, disse.
Fila nos hospitais
Na apresentação também foram fornecidos dados sobre a fila de espera nos hospitais públicos em Manaus. Até este domingo, 7, eram 460 pessoas aguardando internação, sendo 408 pacientes de Covid e 52 para outros tipos de atendimento. Do total, 307 aguardando internação são de Manaus e 153 do interior.
Dos que aguardam na fila, 328 são para leitos clínicos (sendo 283 só para Covid) e 132 para UTI (sendo 125 só para Covid).
De acordo com o secretário, as cidades mais próximas de Manaus são as mais afetadas. “Os municípios mais afetados buscando a transferência de pacientes são Manacapuru, Parintins, Tabatinga, Itacoatiara e Rio Preto da Eva. Notem que os municípios no entorno de Manaus, na região metropolitana, são os mais afetados”, disse.
Campêlo afirma que é normal haver fila na regulação, mas que a crise da falta de oxigênio agravou a situação. “É natural ter fila na regulação, o tempo da espera é que nós estamos sempre buscando otimizar. No caso da pandemia, todos sabem o que aconteceu em relação ao oxigênio, acabou tendo um represamento dessa fila”, disse.
O secretário afirma que os pacientes entram na fila após receberem atendimento e avaliação nas unidades de porta de entrada, os SPAs (Serviço de Pronto Atendimento), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e prontos-socorros. “Esses pacientes que aguardam leitos de UTI na verdade eles não estão parados na fila. A fila é dinâmica, todos os dias há altas”, afirmou.
Com a demanda sobrecarregada em Manaus, remoções para outros estados são feitas diariamente. De 1º de janeiro até este domingo, 7, foram realizadas 519 remoções. Do total, 189 receberam alta e voltaram a Manaus e 52 morreram.