MANAUS – O MPF (Ministério Público Federal) recomendou a reestruturação do curso de Medicina da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) em Coari (a 366 quilômetros de Manaus). Faltam material básico como mesas, cadeiras e instrumentos usados em atividades práticas, como luvas, pinças, bisturis e microscópio. O documento estabelece prazo de 15 dias para que o reitor Sylvio Puga informe o órgão sobre o acatamento da recomendação.
Após representação feita por alunos do curso, o MPF identificou que há diferença entre a carga horária de matérias do curso no município e do mesmo curso em Manaus. Em disciplinas de formação médica de base biológica, a carga horária em Coari é menor que da Capital, como é o caso de Patologia Geral, que tem carga de 90 horas em Coari e 210 horas na capital; já em disciplinas de atenção a saúde, como Família e Comunidade, há excesso de carga horária no interior, com 1545 horas em Coari contra 540 horas em Manaus.
Professores devem ser disponibilizados para recuperar as aulas em atraso, e evitar o prejuízo da carga horária do curso, e o termo ‘médico’ deve ser utilizado para denominar os graduados no curso superior de Medicina, devendo constar obrigatoriamente dos diplomas emitidos pela universidade, conforme prevê o artigo 6º da Lei nº 13.270/2016, sendo proibida a denominação ‘bacharel em Medicina’.
O documento estabelece prazo de 15 dias para que o reitor Sylvio Puga informe o órgão sobre o acatamento da recomendação.