O assassinato da soldado da Polícia Militar Deusiane da Silva Pinheiro morta em abril de 2014, com um tiro na cabeça pode parar nas mãos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A promessa de federalização do caso, que para a polícia local já foi elucidado, foi feita nesta sexta-feira, 4, pelo relator da CPI do Assassinato de Jovens do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), para a mãe da PM, que reclamou a forma como os órgãos de polícia e de fiscalização das autoridades policiais trataram o caso. Durante uma audiência pública da comissão na Assembleia Legislativa do Estado, Lindbergh disse que se em até 30 dias a apuração do caso não avançar, ele mesmo ficará responsável pela busca de mecanismos para remeter o caso à Procuradoria da República. Investigações policiais do Estado que duraram dois meses concluíram que Deusiane tirou a própria vida. Para os familiares, o namorado da soldado, o cabo Elson Santos, foi quem cometeu o homicídio, mas a corporação concluiu que ele é inocente.
Segunda tentativa
Não é a primeira vez que um parlamentar pede as investigações sobre a morte de Deusiane da Silva sejam federalizadas. No mês passado, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) pediu diretamente ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para levar as investigações do caso à Polícia Federal, mas até agora o pedido está sob análise.
Ausências estranhas
Chamou a atenção dos presentes à audiência pública na ALE da CPI do Assassinato de Jovens do Senado a ausência de representante do Ministério Público. Os deputados Cabo Maciel (PR) e Platiny Soares (PV), membros titulares da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, também não participaram. O encontro discutiu entre outros assuntos a chacina em Manaus, ocorrida em julho deste ano, que vitimou 37 pessoas, sendo 22 jovens.
Correria no plenário
A chegada do senador Omar Aziz (PSD) à ALE, às 11h, para participar da audiência da CPI do Assassinato de Jovens fez os parlamentares saírem correndo de seus gabinetes. Antes da chegada de Omar, a audiência tinha a presença de apenas três deputados: Alessandra Campelo (PCdoB), Luiz Castro (PPS) e José Ricardo (PT). Às 11h10 já começaram a aparecer no plenário Bi Garcia (PSDB), Augusto Ferraz (DEM), Sinésio Campos (PT), entre outros.
Sem tomografia
A ameaça do governador José Melo (Pros) de fechar os hospitais caso não reduza ainda mais os cortes da máquina pública pode está em processo: um dos principais exames em vítimas de acidentes ou de AVC, a tomografia, está suspenso por problemas na manutenção do equipamento. Questionada, a Susam informou que o caso está sendo solucionado.
Candidatos procuram
Pré-candidatos à Câmara Municipal de Manaus com a presença consolidada em seus partidos analisam deixar suas legendas para concorrer ao pleito de 2016: entre eles, a vereadora Vilma Queiroz (Pros), que deve ir para o PHS e o ex-secretário de Educação, Gedeão Amorim, que há mais de dez anos está no PMDB, e analisa o ingresso no PV ou PSL.