Por Estelita Hass Carazzai, da Folhapress
CURITIBA-PR – Cerca de 1.500 militantes que defendem o ex-presidente Lula são esperados nesta segunda, 31, em uma celebração de Ano Novo em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba – onde o petista está preso desde abril.
A Vigília Lula Livre, que organiza um acampamento em frente à PF, preparou atividades culturais e artísticas ao longo do dia, além de uma celebração ecumênica às 20h. A partir das 21h, uma ceia deve ser servida aos presentes, que arrecadaram doações e fizeram vaquinha para comprar os alimentos. “É o último dia do ano. Com muita resistência e luta, ficaremos aqui e começaremos 2019”, discursou uma manifestante.
O
ex-presidente foi preso após ter sido condenado em segunda instância pelos
crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Ele
recorre da decisão e afirma sofrer perseguição política.
Na cela da PF, Lula deve ter um Ano Novo igual ao dos demais presos: visitas
não são permitidas, e o cardápio deve ser o mesmo dos outros detentos.
Do lado de fora, os manifestantes preparam gritos de ‘bom dia’, ‘boa tarde’ e ‘boa noite’ ao ex-presidente, além de um ‘feliz Ano Novo’.
Muitos
deles vieram em caravana de outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo,
Minas Gerais, Espírito Santo e Santa Catarina. A organização aguardava pelo
menos 1.500 pessoas nas excursões. De políticos, devem comparecer a
presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e os deputados Luizianne Lins
(PT-CE), Zé Geraldo (PT-PA), Rogério Correia (PT-MG) e Beatriz Cerqueira
(PT-MG). Os militantes afirmam que a condenação é injusta e que Lula é um preso
político.
Uma carta do
ex-presidente aos militantes deve ser lida pouco antes da meia-noite. Ela foi
entregue aos advogados de Lula na última sexta (28).
Por volta do meio-dia, cerca de 600 pessoas estavam no local, segundo a
organização. A Polícia Militar acompanha a manifestação, e interditou a rua em
frente ao acampamento.