Da Redação
MANAUS – Manaus é a 13ª capital em pagamento de seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua Carga a Pessoas Transportadas). Oram pagos 2,798 mil indenizações a vítimas de acidentes de trânsito no ano passado, segundo o Relatório Anual da Seguradora Líder, responsável pelo seguro. O Brasil teve mais de 328 mil indenizações do DPVAT em 2018.
Com mais de 64 mil benefícios, as capitais foram responsáveis por cerca de 20% destes pagamentos. Um levantamento realizado com base no ‘Indicador DPVAT’ releva que Boa Vista e Porto Velho lideram o ranking de capitais com o trânsito mais violento. A capital de Roraima teve 1,530 mil benefícios pagos, o que corresponde a 81% da frota de 188.316 automóveis. O dado considera a proporção entre a frota de veículos no ano da análise e o número de sinistros pagos no mesmo período. Em todas as capitais, a maior parte dos acidentes deixou vítimas com algum tipo de invalidez permanente.
De acordo com o levantamento, Boa Vista teve 81 indenizações pagas pelo Seguro DPVAT a cada dez mil veículos. Porto Velho, a segunda colocada, registrou 79 pagamentos, enquanto Campo Grande atingiu 67. Na sequência, Teresina (61), Cuiabá (60), Palmas (56), Fortaleza (51), Goiânia (46), João Pessoa (44) e Aracaju (42) completam, respectivamente, as dez primeiras posições.
Já São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foram as capitais com menor indicador de violência no trânsito quando feita a proporção com a frota, registrando 10, 12, 16 e 17 benefícios pagos para cada dez mil veículos.
Os dados ainda mostram que, em todas as 27 capitais brasileiras, 71% dos pagamentos destinaram-se à cobertura por invalidez permanente (47.838 benefícios). Jovens de 18 a 34 anos também integram a faixa etária mais atingida em acidentes de trânsito nestas localidades.
Quando analisados os números em relação ao tipo de veículo, os sinistros pagos por acidentes envolvendo motocicletas e ciclomotores também são alarmantes. Os veículos de duas rodas foram responsáveis por 77% dos seguros pagos nas capitais, o que equivale a 50.068 sinistros. O quantitativo ainda representa cerca de quatro vezes mais pagamentos do que os casos envolvendo automóveis.
O DPVAT é pago a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700).
A proteção é assegurada por um período de até 3 anos. Dos recursos arrecadados pelo seguro obrigatório, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são direcionados para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito. Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações.