Por Júlia Barbon, da Folhapress
RIO DE JANEIRO – A segunda pesquisa Datafolha após o primeiro turno das eleições mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou sua liderança entre católicos, enquanto Jair Bolsonaro (PL) fez o mesmo entre evangélicos no segundo turno.
Na última semana, o petista passou de 55% para 57% das intenções de voto do primeiro grupo religioso, que concentra cerca de metade da população. O presidente, por sua vez, oscilou de 38% para 37% nesse segmento.
Entre os evangélicos, porém, que representam pouco mais de um quarto dos brasileiros, o atual mandatário variou de 62% para 65%, e o ex-presidente se manteve em 31%.
Todas essas variações, porém, ocorreram dentro das margens de erro, que são de três pontos percentuais para católicos e quatro para evangélicos. Outras crenças não foram incluídas porque as bases de dados são muito pequenas.
Os que pretendem votar em branco ou anular variam de 3% a 4% de acordo com a fé, e os indecisos, de 1% a 2%.
Pobres e ricos
A pesquisa Datafolha mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou de 17 para 22 pontos percentuais sua vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) entre os eleitores mais pobres, com renda familiar de até dois salários mínimos (R$ 2.424).
O petista passou de 54% das intenções de voto para 58% nesse grupo na última semana, enquanto o presidente oscilou de 37% para 36%. As variações, porém, ficaram todas dentro da margem de erro desse segmento, que é de três pontos.
O atual mandatário, por outro lado, marcou vantagem numérica em todas as outras faixas de renda. Tem 53% a 41% no eleitorado de dois a cinco salários (com margem também de três pontos) e 52% a 40% entre os que recebem de cinco a dez salários (com margem de sete pontos).
Entre os mais ricos, que ganham mais do que isso, Bolsonaro inverteu a vantagem registrada por Lula na rodada anterior. O placar virou de 52% do petista a 43% do presidente para o contrário: 39% a 53%. A margem de erro aqui, porém, é muito alta, de 11 pontos, portanto na prática ambos seguem empatados.
Os que pretendem votar em branco ou anular variam de 5% a 7% de acordo com a faixa, e os indecisos, de 1% a 2%.
O levantamento ouviu 2.898 pessoas nesta quinta (13) e nesta sexta (14).
A pesquisa foi contratada pela Folha e pela TV Globo e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-01682/2022. As sondagens de segundo turno não são comparáveis às de primeiro turno.