Por Teófilo Benarrós de Mesquita, da Redação
MANAUS – A intenção da Prefeitura de Manaus em mudar a forma de cobrança da taxa de iluminação, com reflexo no preço final da fatura de energia elétrica, ocasionando um aumento de pelo menos 15% ao consumidor não resistiu 6 horas. Com manifestação contrária de vereadores da base aliada, o líder do prefeito, Marcelo Serafim (PSB), retirou o projeto de tramitação após consultar o secretário municipal de Finanças, Clécio da Cunha Freire.
Os vereadores realizaram sessão extraordinária compensatória na tarde desta quarta-feira (7) e em discussão única da matéria, que tramitava em caráter de urgência, e após a manifestação contrária de 8 parlamentares à proposta da prefeitura de trocar a cobrança da Cosip (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública) de UFM (Unidade Fiscal do Município) para Real, Marcelo Serafim anunciou o recuo.
Pela manhã, em sessão ordinária, os vereadores haviam aprovado a tramitação em regime de urgência, com críticas de apenas um vereador: Rodrigo Guedes (PSC).
Na justificativa do recuo, Marcelo Serafim explicou que a proposta tinha como finalidade aumentar a receita do município para fazer frente aos gastos com as contas de energia da prefeitura.
“É importante desvincular da UFM nessa questão da Cosip, porque você tem um aumento de conta de energia, esse aumento de conta de energia impacta diretamente no aumento da despesa da prefeitura com a iluminação pública, e na hora que você tem um aumento na tarifa da energia e não tem a compensação, você acaba tendo que tirar de algum lugar. Você vai tirar um pouquinho da saúde, um pouquinho da educação, um pouco de infraestrutura… O cobertor é curto e precisa atender todos os setores”, explicou.
“Eu ouvi atentamente o pronunciamento dos colegas, falei com o secretario Clécio, agora, fiz a ponderação do momento do projeto e entendendo o momento em que a gente está vivendo, eu, na condição de líder estou retirando de tramitação o projeto”, anunciou.
Manifestaram-se contra o projeto os vereadores Rodrigo Guedes (PSC), Caio André (PSC), William Alemão (Cidadania), Carpegiane Andrade (Republicanos), Raiff Matos (DC), Sassá da Construção (PT), Kennedy Marques (PMN) e Elan Alencar (Pros).
A sessão extraordinária foi para compensar o dia 11 de outubro, que será ‘enforcado’ pelos vereadores. A próxima reunião na CMM será somente dia 13 de outubro, próxima quarta-feira.
É um absurdo, É um roubo que está acontecendo com a taxa de iluminação pública, quase 80% das lâmpadas foram substituídas pela LÂMPADA DE LED, que tem um menor consumo, e com pouca manutenção, a Prefeitura cobra a taxa com o sistema antigo e não repassa a população a redução de custos com a iluminação pública.