
Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – A juíza Patrícia Macêdo de Campos, da 3ª Vara do Tribunal do Júri, negou o pedido de revogação da prisão preventiva do sargento da PM Joselito Pessoa, acusado de matar dois policiais militares no dia 5 de janeiro deste ano, quando voltavam de uma festa. A magistrada seguiu o parecer do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas), que denunciou o PM em março deste ano por homicídio qualificado.
De acordo com a juíza, as circunstâncias do crime e o modo como ocorreu “demonstram a gravidade do delito e a periculosidade do acusado”, o sargento Joselito Pessoa. Para a magistrada, as narrativas evidenciam “a necessidade de garantir a ordem pública e preservar a integridade das provas, sobretudo as testemunhais, evitando frustrar a aplicação da lei penal”.
Ainda conforme Campos, a “primariedade, residência fixa e bons antecedentes” são fatores que, por si sós, “não são suficientes a desnaturar o decreto de prisão preventiva, quando os fatos constantes dos autos revelam a presença inconteste dos requisitos” para manter a prisão preventiva.
Entenda o caso
O crime ocorreu no dia 5 de janeiro deste ano quando o tenente Joselito, o sargento Edizandro Santos Louzada, o cabo Grasiano Monte Negreiros, o major Lurdenilson Lima de Paula e o civil Robson Almeida Rodrigues estavam saindo de uma festa. Segundo o delegado Daniel Leão Lucas, eles estavam “muito alcoolizados”.
Grasiano conduzia o automóvel e todos seriam levados para casa. No entanto, conforme a polícia, houve desentendimento entre eles e durante a briga o tenente Joselito Pessoa disparou na nuca de Grasiano, que perdeu o controle do veículo e acabou capotando.
O sargento Edizandro também foi atingido com um tiro na cabeça. Ele chegou a ser encaminhado para uma unidade de saúde, mas não resistiu.
A reportagem solicitou informações do MP-AM, mas o órgão informou que o processo está sob sigilo, mas que já está sendo encaminhado para o final da primeira fase. “Ele foi denunciado em 8/3/2019 e o processo segue para o primeiro julgamento, que decidirá se ele vai ao tribunal do Júri”, diz trecho da nota.