Da Redação
MANAUS – O presidente da ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas), Josué Neto (PRTB), é contra a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19. O deputado disse ao ATUAL que não deve ser retirado o direito de ir e vir para quem não quer se imunizar e que quem decidir não se vacinar a responsabilidade é da pessoa.
Josué Neto alega que no Brasil não há obrigatoriedade para nenhuma vacina, apenas campanhas para incentivar a imunização. “Nos últimos 45 anos nenhum cidadão, seja bebê, criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso é obrigado a tomar uma vacina”, disse.
O deputado afirma que outras doenças mataram e “sumiram” com o tempo. “Com a Covid não deve ser diferente, é igual. A coqueluche matou, o sarampo matou, a febre amarela matou. E foram doenças que foram sumindo com o tempo. A Covid vai sumir com o tempo, mas ninguém pode ser obrigado a tomar vacina”.
Neto criticou o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e o presidente do partido Novo, João Amoêdo, que propuseram que quem não se vacinar não circule em espaços públicos.
“Quando a vacina anti-Covid estiver pronta haverá uma campanha didática para que a população em massa vá se vacinar. Mas quem, por um acaso, decidir não se vacinar, não pode ser proibido de andar na rua, que é o que está propondo o senhor João Amoêdo, assim como o ‘ditador’ de São Paulo, João Dória”, escreveu o parlamentar nas redes sociais.
Questionado sobre o tema e se ele não buscaria a imunização, o deputado argumentou que a vacina não foi testada o suficiente para ser aplicada em massa e por isso escolheu não receber a dose assim que a vacinação for iniciada.
“A gente sabe que quando a vacina não é efetivamente testada, ela causa um outro tipo de problema, ela tem efeitos colaterais. Eu não tenho garantia de que quando a vacina chegar no mercado ela vai ser boa para a população. Eu já peguei Covid. E aí? Eu não vou tomar vacina”, disse.
“Eu vou esperar a vacina ser testada melhor ainda. Porque um tempo médio de teste de vacina são 10 anos. Essa vacina não tem nem um ano de teste”, afirmou.
Para Neto, a responsabilidade de quem não se imuniza é individual. “Eu defendo que a pessoa tenha a liberdade de decidir se vai tomar vacina ou não. E que se ela não tomar a vacina a responsabilidade é dela”.
Na concepção do deputado, quem é saudável é raro que morra com o tratamento adequado contra a Covid-19. “É muito raro uma pessoa morrer de Covid se ela tiver o tratamento adequado. Eu estou falando pessoas eu, você, pessoas que são saudáveis”, diz.
O presidente da ALE atribui ao Poder Público e à falta de experiência a ausência do tratamento necessário na rede pública de saúde.
“Só precisa de intubação, respirador quem não tem o tratamento adequado. É uma pequena parcela da população que vai precisar disso. Mas o Poder Público não concede isso para a população. É por isso que morreu muita gente, porque no início da pandemia ninguém tinha experiência. Hoje a classe médica já tem a experiência de como tratar”, afirmou.
Josué cita a si mesmo como exemplo de resultado positivo no tratamento da Covid-19. “Eu precisei ser entubado? Não. Eu precisei de respirador? Não. Eu só precisei tomar os remédios e ficar em repouso. E fiquei bom”, afirmou.
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