EDITORIAL
MANAUS – Nesta quarta-feira, 12, se comemora o Dia Mundial da Enfermeira e do Enfermeiro. Esses profissionais da saúde merecem todas as homenagens nesta data, porque desde o início da pandemia de Covid-19 têm se mantido à frente do pelotão na guerra contra o vírus mortal.
Não se trata de minimizar a importância dos médicos, que também são heróis nesta difícil jornada, mas são as enfermeiras e os enfermeiros que estão na ponta, que põem a mão na massa, que executam os serviços junto aos pacientes.
Esses profissionais são os mais expostos ao vírus, exatamente porque lidam diretamente com pessoas infectadas, seja nas unidades de saúde públicas, seja nas unidades privadas. Centenas morreram em consequência da doença.
No início da pandemia, esses profissionais sofreram na pele as consequências de um sistema de saúde arcaico e despreparado. Faltaram luvas, máscaras e todo tipo de equipamentos de proteção.
A carga de trabalho dobrada foi outro aspecto da batalha diária enfrentada pelos profissionais da enfermagem desde março do ano passado. Mas o cansaço e o estresse não afastaram mulheres e homens da missão de cuidar dos pacientes. Elas e eles resistiram e continuam a resistir.
Todos esses pontos positivos da atuação das enfermeiras e enfermeiros, no entanto, não foram capazes de sensibilizar a classe política. Os profissionais da enfermagem lutam para que o Congresso Nacional aprove projeto de lei que cria o piso salarial da categoria e estabelece jornada de trabalho de 30 horas semanais e descanso digno.
Para o Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas, “a aprovação do projeto é o ponto de partida para a valorização da enfermagem no geral e a recompensa para os trabalhadores que dedicam suas vidas a cuidar dos cidadãos, trabalhadores esses que enfrentam longas jornadas de trabalho, precisando se desdobrar muitas vezes para garantir o seu sustento, expostos diariamente a insalubridades e situações de desconforto.”
A esses profissionais, o nosso respeito e solidariedade.