Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O delegado Gustavo Sotero, condenado por homicídio, será interrogado, na próxima terça-feira (29), no âmbito de um inquérito administrativo aberto pela Corregedoria-Geral da SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública) para investigar se ele autorizou saída de preso sem autorização judicial em São Gabriel da Cachoeira.
De acordo com denúncia enviada à corregedoria, Sotero permitiu que Valdenir Melgueiro da Silva, mais conhecido como Denico, se ausentasse da cadeia do município são-gabrielense, sem autorização judicial, supostamente para trabalhos externos e outras atividades. O caso está sendo investigado pela 2ª Unidade de Apuração de Transgressões Disciplinares.
A sindicância administrativa disciplinar para investigar se houve liberação irregular de preso foi aberta em dezembro de 2018, um ano após o delegado ser preso pelo assassinato do advogado Wilson de Lima Justo Filho, em uma boate na zona oeste de Manaus. Na ocasião, Sotero também disparou contra outras três pessoas.
Em novembro de 2019, o delegado foi condenado a 30 anos e dois meses de prisão pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Manaus. Além do homicídio do advogado, os jurados consideraram a lesão corporal contra Fabíola Rodrigues, mulher de Justo Filho, e Yuri José Paiva, e tentativa de homicídio contra Maurício Carvalho Rocha.
O delegado permanece preso nas dependências da Delegacia Geral da Polícia Civil do Amazonas. Em janeiro deste ano, o juiz Eunilton Alves Peixoto, da 2ª Vara de Execução Penal de Manaus, negou o pedido de indulto natalino apresentado pela defesa do delegado, pois o caso dele não se enquadrava na hipótese prevista na lei.