Da Redação
MANAUS – Após três dias de julgamento, saiu a sentença do delegado Gustavo Sotero. Ele foi condenado a 30 anos e 2 meses de prisão pelo homicídio do advogado Wilson Justo Filho, por lesões corporais contra duas pessoas – Fabíola Rodrigues, mulher de Justo Filho, e Yuri José Paiva – e tentativa de homicídio contra Maurício Carvalho Rocha.
O crime foi na casa de show “Porão do Alemão”, na zona oeste de Manaus, no dia 25 de novembro de 2017.
Pelo homicídio de Wilson Justo Filho, Soreto foi condenado a 15 anos e 10 meses de prisão. No aso de Fabíola a sentença considerou lesão corporal gravíssima e estabeleceu pena de 3 anos e 6 meses. No caso de Yuri José Paiva, Soreto foi condenado por lesão corporal grave, com pena de 2 anos e seis meses. Pela tentativa de homicídio contra Maurício Carvalho Rocha, a pena foi de 8 anos e 4 meses de prisão.
A defesa de Sotero divulgou uma nota informando que o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Manaus “reconheceu que Gustavo Sotero cometeu homicídio privilegiado com duas qualificadoras, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O motivo fútil foi negado.”
No caso da condenação da tentativa de homicídio contra Mauricio Costa, esta também foi considerada privilegiada.
A nota diz, ainda, que “sobre as acusações de tentativa de homicídio, o conselho de sentença reconheceu que Sotero não cometeu tentativa de homicídio contra Fabíola Rodrigues e Yuri José Paiva . Neste caso Sotero foi condenado por lesão corporal. O conselho de sentença reconheceu a tentativa de homicídio contra Mauricio Carvalho Rocha.”
Neste terceiro e último dia de julgamento, o delegado afirmou que não considera verdadeira as acusações (de assassinato) contra ele e disse que reagiu a “agressão violenta” do advogado – Justo Filho deu um soco no delegado e foi morto a tiros por Sotero.
Além do homicídio de Wilson Justo Filho, Sotero respondia à acusação de tentativa de homicídio contra Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira (viúva de Wilson), Maurício Carvalho Rocha e Yuri José Paiva Dácio de Souza.
O Conselho de Sentença é formado por sete jurados (cinco homens e duas mulheres). O Ministério Público do Estado do Amazonas foi representado pelo promotor de justiça George Pestana. A defesa estava sob o comando do advogado Cláudio Dalledone.