
Da Agência Gov
BRASÍLIA – O Governo Federal abriu crédito extraordinário para a compra direta de arroz cultivado pelos agricultores e agricultoras familiares. Em entrevista à Voz do Brasil desta quarta-feira (26), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que 500 mil toneladas de alimentos serão compradas no Brasil ainda neste semestre.
Além do arroz, o governo também fará estoque de milho e feijão, como forma de manter os preços dos alimentos em níveis acessíveis à população.
“Vamos comprar arroz, milho, e outros produtos na medida que baixem os preços. Nós não vamos comprar na alta, vamos comprar com o preço mais baixo, favorecendo o povo brasileiro, para quando esses alimentos subirem de preços, nós possamos vende-los, favorecendo também o agricultor para que o preço não fique mais baixo do que o custo de produção. Nós já temos um recurso, devemos comprar 500 mil toneladas de alimentos no Brasil neste semestre”, declarou o ministro.
Grande parte dos produtos será comprada no modelo de contratos de opções de venda. Trata-se de uma modalidade de seguro de preços que dá ao produtor rural o direito de vender seu produto para o governo, em uma data futura, a um preço previamente fixado. Neste modelo de contrato não há a obrigação de venda. No entanto, o modelo garante renda ao produtor, estimula a produção para atender o consumo interno e forma estoques públicos.
Programa de Aquisição de alimentos
Paulo Teixeira lembrou os agricultores e agricultoras que tem interesse em inscrever projetos de Compra com Doação Simultânea (CDS), no PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que o prazo para enviar os dados vai até a próxima segunda-feira, 31 de março. O envio é feito por meio do aplicativo PAANet, da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A intenção é dar a oportunidade para que as organizações da agricultura familiar consigam entregar sua produção à população em situação de insegurança alimentar e nutricional.
A CDS tem o objetivo de apoiar a produção da agricultura familiar por meio da compra direta de alimentos de cooperativas e associações. Os produtos adquiridos são destinados ao abastecimento da rede socioassistencial e a Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional, como restaurantes populares e cozinhas solidárias.