Da Redação
MANAUS – O casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, donos dos supermercados Vitória, foi preso novamente na manhã desta quarta-feira (9) por policiais civis em Manaus. Jordana foi mantida em prisão domiciliar. Uma outra mulher também foi presa e duas estão foragidas.
O delegado Ricardo Cunha, da Delegacia de Homicídios e Sequestros, disse em entrevista coletiva que o empresário e a mulher foram os mandantes do homicídio do sargento do Exército Lucas Ramon Silva Guimarães, de 29 anos na época. Lucas Ramon foi morto a tiros no dia 1º de setembro de 2021 em uma cafeteria de sua propriedade no bairro Praça 14, zona centro-sul de Manaus.
“O Joabson e a Jordana são os mandantes desse crime. O Romário é o braço direito [de Joabson], responsável por contratar o Silas e essas três moças – duas foragidas –, têm participações secundárias sempre intermediando conversas entre Silas e Romário. Todos são vizinhos do Romário, na Colônia Terra Nova”, disse o delegado.
Também foram presos Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado, e Kamylla Tavares da Silva. Ricardo Cunha afirmou que eles intermediaram a contratação de Silas Ferreira da Silva, de 26 anos, preso no dia 22 de novembro de 2021 por ter sido o autor dos disparos contra o militar.
A polícia procura ainda Kayandra Pereira Castro e Kayanne Castro Pinheiro dos Santos por envolvimento no caso. Elas são suspeitas de também intermediar a contratação de Silas.
Ricardo Cunha disse as novas prisões foram solicitadas à Justiça porque as provas contra os suspeitos são “muito robustas”. “Temos a própria confissão do Silas, testemunhas, material técnico de vários celulares apreendidos”, disse.
Segundo Ricardo Cunha, ainda não há informação sobre se os suspeitos de intermediação receberam dinheiro. “Isso será apurado em interrogatórios. Eles ficaram em silêncio no primeiro depoimento”, disse.
Conforme o delegado, Silas Ferreira revelou em depoimento que recebeu R$ 65 mil pelo crime. “A Kamylla estava junto com o Romário para que ele não fosse contactado”, disse Cunha.
Esta é a terceira fase da Operação Lucas 8:17, em referência ao versículo da Bíblia.
Conforme o delegado, o inquérito deve ser enviado à Justiça dentro de dez dias. Ricardo Cunha deu o caso por encerrado.
(Colaboraram Iolanda Ventura e Walter Franco)