
Por Teófilo Benarrós de Mesquita, do ATUAL
MANAUS – A seca que atinge municípios amazonenses levou a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) a cobrar plano de ação ou contingência para preservar a saúde dos moradores das cidades atingidas. A Defesa Civil do Amazonas informou que 33 municípios estão em situação de alerta, em razão da vazantes dos rios.
Em nota técnica, a FVS orienta os secretários de Saúde das cidades afetadas que as estiagens representam riscos de desabastecimento de água e aumento de doenças como diarreias agudas, hepatites A e E, febre tifóide e cólera. E recomenda providências urgentes. A nota é assinada pela diretora interina da FVS, Tatiana Costa Amorim Ramos.
Entre as medidas estão a elaboração de plano de ação ou de contingência de atenção integral à saúde; criar comitê para elaborar plano de contingência; informar o quantitativo da população que vai necessitar de atendimento, com base estimada nos números da última estiagem; atualizar o ciclo vacinal dos moradores e distribuir sais de reidratação, além de orientar sobre o preparo de soro caseiro.
As providências são prevenir contra alterações de fatores ambientais que afetem a saúde dos moradores e são preventivas e de controle, diz a nota.
De acordo com Tatiana, o SUS (Sitema Único de Saúde) tem responsabilidades na preparação para situações de desastres, quanto a realização de diagnóstico de suas fragilidades e da sua capacidade de resposta.
Para auxiliar no monitoramenteo de ações, a fundação enviou questionário para as secretarias municipais para dimensionar o apoio que será necessário prestar aos municípios atingidos.
As perguntas solicitadas são o número de pessoas ou famílias afetadas; os principais efeitos da seca; se há reflexo no serviço de abastecimento de água; se ocorre distribuição regular de água potável para a população atingida e se as secretarias tem estoque suficiente de hipoclorito de sódio (cloro) para tratamento da água distruída à população.
A FVS pede ainda que as prefeituras informem se foi identificado acréscimo de casos de doenças de transmissão hídrica e alimentar; se houve ocorrência de surto ou epidemia no período da estiagem; se as secretarias de saúde estão notificando possíveis ocorrência doenças e se os serviços de saúde estão sendo afetados de alguma forma por conta da estiagem.
As secretarias terão 10 dias, a partir desta segunda-feira (17) para resporder o questionário. A FVS pede as informações dos municípios sejam atualizadas semanalmente.