RIO DE JANEIRO – A expectativa de vida ao nascer no Brasil chegou a 74,6 anos em 2012, para ambos os sexos, um acréscimo de 5 meses e 12 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2011 (74,1 anos). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (2 de dezembro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Diário Oficial da União.
O número varia de acordo com a idade do brasileiro. Para um brasileiro de 40 anos, por exemplo, a estimativa é que ele viva até os 78,3 anos. Já para pessoas acima de 80 anos, a expectativa é que vivam mais 9,1 anos.
Para a população masculina o aumento foi de 4 meses e 10 dias, passando de 70,6 anos para 71,0 anos. Já para as mulheres o ganho foi maior. Em 2011 e esperança de vida ao nascer delas era de 77,7 anos, elevando-se para 78,3 anos em 2012, 6 meses e 25 dias maior.
Essas informações estão na Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil de 2012, que tem como base a Projeção da População para o período 2000-2060 e incorpora dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade. As tábuas são divulgadas anualmente pelo IBGE, e são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.
A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano de vida foi de 0,01703, isto é, para cada 1.000 nascidos, aproximadamente 17 deles não completariam o primeiro ano de vida. Se fosse do sexo feminino este valor seria 0,01428, uma diferença de 2,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos.
O estudo também mostra maior mortalidade masculina no grupo de adultos jovens, neste caso, de 15 a 30 anos aproximadamente, em relação à população feminina. Este fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas violentas, que atingem com maior intensidade a população masculina.
Em todas as idades foram observados aumentos nas expectativas de vida, beneficiadas com a diminuição da mortalidade. Principalmente nos extremos da distribuição, nos menores de um ano de idade e no grupo aberto de 80 anos ou mais e, com maior intensidade na população feminina.