Da Redação
MANAUS – A equiparação dos salários dos peritos criminais aos dos delegados da Polícia Civil do Amazonas não incluiu as datas-bases, conforme a Lei nº 4.549, de 8 de fevereiro de 2018. Na norma não consta índice de reajuste, que foi deixado de fora no acordo entre os peritos e o governo do Estado, ao contrário do que publicou o ATUAL.
“Em 2014 houve escalonamento de reajuste aos delegados e investigadores, mas a perícia ficou de fora. No ano passado, ocorreu a equiparação. Não foi incluída a data-base”, explicou Viviany Pinto, presidente do Sinpoeam (Sindicato dos Peritos Oficiais do Amazonas). “Não houve reajuste de salário, apenas uma espécie de reposição de perdas”, disse.
Os peritos se mobilizam para negociar com o governo do Estado e aprovaram indicativo de greve na manhã desta quinta-feira, 18. Foi decidido que a categoria fará uma paralisação de advertência na segunda-feira, 22.
A partir de quarta-feira, 24, a categoria planeja realizar a operação ‘Cumpra-se a Lei’. “Nossa Operação Cumpra-se a Lei simplesmente significa que os peritos não mais tirarão do bolso dinheiro para comprar material que está faltando, e nem trarão os seus próprios materiais. Significa que não faremos mais coisas que não estejam estritamente dentro do que a legislação manda. Na prática, significa que não iremos mais resolver os problemas do governo com os nossos recursos, seja material ou humano”, afirmou o vice-presidente eleito do Sinpoeam, Ilton Soares.
Em nota, a Secom (Secretaria de Estado de Caomunicação) informou que o governo está aberto ao diálogo. Confira a nota na íntegra.
O Governo do Amazonas está aberto ao diálogo com todas as categorias de servidores. Prova disso é que já recebeu representantes da categoria de peritos na última terça-feira, 16, quando a Casa Civil do Estado acolheu para análise as propostas apresentadas. Nos últimos dias, o Governo definiu propostas de reposição da data-base de 2019, da ordem de 3,9%, para servidores da Seduc, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e delegados da Polícia Civil. O compromisso do Governo é cumprir com a data-base dos servidores garantindo a reposição da inflação no período de 12 meses. Devido à situação fiscal do Estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não permite que seja concedido reajuste superior.