MANAUS – Ruas com lojas fechadas, quase desertas, é uma realidade em parte do centro histórico de Manaus, nesta quarentena em que o comércio e serviços não essenciais estão proibidos por decreto do governador. Nas ruas dos bairros, a realidade é outra, e tem levado muito gente para fora de casa.
Na zona leste de Manaus, por exemplo, lojas de roupas, bolsas e sapatos, salões de beleza, barbearias e lojas de produtos e consertos de aparelhos de telefone celular continuam abertas.
Os bancos e casas lotéricas em Manaus também tem concentrado um número considerável de pessoas, sem o devido afastamento recomendado pelas autoridades de saúde.
Faz pelo menos duas semanas que a presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, faz apelos nas entrevistas coletivas para que as pessoas fiquem em casa e evitem contato nas ruas.
Nesta sexta-feira, ela foi taxativa: “Nós esperamos um aumento expressivo no número de casos agora a partir de abril, principalmente nas últimas semanas de abril e nas primeiras semanas de maio. Esse aumento já vem sendo registrado, uma vez que nós temos hoje no Lacen [Laboratório Central] 600 exames aguardando resultado. Ontem, eram cento e poucos. Hoje são 600. E nós só coletamos amostras de pacientes que realmente são suspeitos de Covid. Isso quer dizer que nós temos o vírus solto, sendo levado pelas pessoas, sendo transmitidos, e espera-se, sim, uma explosão de casos nos próximos dias.