Da Redação
MANAUS – A liberação do viaduto do Manôa, na zona norte de Manaus, vai demorar. Entregue em dezembro de 2020 pelo ex-prefeito Arthur Virgílio Neto sem estar concluída, a obra foi interditada pelo prefeito David Almeida em janeiro de 2021 após laudo do Crea (Conselho Regional de Arquitetura e Agronomia) por apresentar falhas no projeto.
Liberado novamente na quarta-feira, 21, à noite, o viaduto foi interditado em seguida porque os reparos feitos não atendem as exigências técnicas de engenharia.
Na tarde desta quinta, 22, os empresários do consórcio formado pela JNasser Engenharia Ltda. e a Construtora Soma Ltda. Se comprometeram em realizar, em conjunto com a Seminf (Secretaria Municipal de Infraesrutura), levantamento topográfico e demarcação da declividade do trecho que apresenta problemas. Não há prazo para entrega da obra.
“Nunca deixaria um viaduto que custou R$ 48 milhões aos cofres públicos ser entregue sem que pudesse garantir a segurança de seus usuários”, disse o prefeito David Almeida.
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O secretário municipal de Infraestrutura, Marcos Rotta, explicou que na última fiscalização a topografia do complexo apresentou 11,5% de inclinação em um dos lados, e somente serão aceitos os serviços após nova topografia, a ser executada pela própria Seminf, onde as rampas das cabeceiras deverão apresentar no máximo 9%, ponto imprescindível para recebimento dos serviços e com limitação da velocidade máxima para 50 quilômetros, conforme estabelecido no Manual do Projeto Geométrico da Travessia Urbana, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
“Manaus não pode mais esperar por um viaduto que deveria estar em funcionamento desde o dia 1º de janeiro. Vale lembrar que nossas intervenções têm o propósito de garantir a segurança da população e a qualidade da obra, sem nenhum teor político como tentaram transparecer para a população”, disse Rotta.
Confira a ata na íntegra.