
EDITORIAL
MANAUS – A campanha eleitoral de 2022 já começou em todo o Brasil. E se anuncia como uma das de mais baixo nível de todos os tempos. Grande parte dos ocupantes de cargos no Poder Executivo busca a reeleição e está disposto a qualquer coisa par conseguir o seu intento.
Por outro lado, há uma oposição também disposta a qualquer coisa para não deixar que os ocupantes desses cargos tenham êxito na campanha à reeleição. E qualquer coisa, neste caso, inclui a prática de atos inimagináveis.
Mas não é assim em toda eleição, um grupo de situação contra um de oposição? É! O que muda é o nível de acirramento entre os concorrentes, como já vem sendo mostrado. Ainda falta mais de um ano antes para o start e esses grupos já mostram os dentes uns para os outros.
Não há nada errado em um governador, um senador ou um presidente da República querer a reeleição. Assim como não há erro nos adversários pleitearem o mesmo cargo.
Mas o que o eleitor espera é uma disputa saudável, dentro dos limites do respeito ao adversário, do cumprimento das leis e do respeito às instituições de Estado. Se tudo ocorrer dentro do Estado Democrático de Direito, todos ganham.
Mas essas regras tendem a ser deixadas de lado quando o que importa é vencer a qualquer custo. As redes sociais vem sendo usadas por governistas e oposicionistas Brasil afora.
De um lado, quem está no poder acha que pode jogar com todo o tipo de arma, a começar pelas de destruição de reputações. A liturgia do cargo deixou de ter qualquer importância. Para abrir caminho, vale mentir, agredir, ofender e humilhar.
O lugar de destaque de quem ocupa um cargo dessa envergadura é amplamente favorável, porque o que o político diz e faz é digno de nota menos por ele e mais pelo cargo.
Muitas vezes, todas essas práticas são bancadas com o dinheiro do contribuinte, disfarçadas de ações governamentais.
De outro lado, também já é possível perceber o uso das mesmas ferramentas pela oposição para espalhar a mentira, a calúnia, a ofensa, as injúrias com a intenção de destruir o adversário.
Até aqui, nenhum dos lados está discutindo o futuro da nação ou dos estados da federação. Não há projetos na mesa de debate; não há sequer debate ou mesa.
E pelo andar da carruagem, não haverá. O que aparece no horizonte é um cenário de guerra, uma disputa sem regras, um salve-se quem puder.