Há uma verdadeira caçada judicial ao presidente Lula, com o objetivo de impedir o povo de elegê-lo mais uma vez. Lula foi condenado sem provas, num processo em que sequer existe um crime, da mesma forma como ocorreu no golpe do impeachment da presidenta legítima Dilma Rousseff.
A inédita celeridade com que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, marcou o julgamento é mais um casuísmo imposto ao presidente Lula por setores do sistema judicial. Existem processos que há vários anos estão na frente do processo do Lula para serem julgados. Como exemplo, há mais de 12 anos não julgam o ex-governador Eduardo Azeredo do PSDB/MG, mas o Lula levou apenas 6 meses. Muito estranho. Será que o revisor do processo do Lula leu 250 mil páginas em apenas 6 dias? Isto é, será que ele leu 2000 mil páginas por hora, sem dormir, durante 6 dias?
Estamos chegando ao ano eleitoral de 2018 com a candidatura do presidente Lula consolidada de tal forma que não pertence mais ao PT, pertence ao povo brasileiro. A pesquisa CUT/ Vox Populi, realizada este mês, confirma que ninguém ganha do Lula no primeiro e no segundo turno. 45% da população quer Lula presidente.
O plano original dos golpistas era eleger um dos seus em 2018. Mas não deu certo. Todas as medidas tomadas por esse governo ilegítimo estão aumentando a resistência popular. O povo começa a sentir as consequências: congelamento por 20 anos dos gastos na saúde e educação, entrega do pré-sal aos estrangeiros e a isenção de R$ 1 trilhão de impostos para essas empresas, apoio ao trabalho escravo, a terceirização, a reforma trabalhista, o desemprego de quase 14 milhões de pessoas.
Os golpistas não tem dúvida de que Lula, a maior liderança popular do Brasil, é o único candidato de esquerda em condições de vencer as eleições e interromper o desmonte do Estado, revogando as medidas, defendendo políticas que beneficiem o povo e garanta a redução da desigualdade social e da pobreza. No governo Lula e Dilma, o Brasil saiu do Mapa da Fome, segundo os dados da ONU.
Querem impedir que Lula seja candidato. Tentam vários caminhos. Tentam construir uma candidatura que os unifiquem. Não tem. Tentam impedir o Lula ou interditar o PT. Querem mudar o sistema político-eleitoral e instituir, sem consultar o povo, um regime de semipresidência, que retire os poderes do presidente eleito. O ministro Gilmar Mendes, do STF, que apoiou o golpe, defende essa última proposta. E ainda tem alguns que simplesmente não querem que a eleição aconteça, prorrogando os mandados.
Eleição sem o Lula é fraude. Eleição sem o Lula é golpe. É uma afronta à Democracia e à livre expressão da soberania popular. Ele está realizando as caravanas “Lula pelo Brasil”. No Nordeste o povo manifestou o amor e a gratidão que tem à Lula, devido a todos os avanços que ele proporcionou na região, como: água, emprego, luz, moradia, dignidade aos mais pobres. O povo manifestou a esperança de Lula voltar a governar e não deixar que acabem esses direitos.
Onde o Lula passa, o povo faz questão de participar, de falar com ele, de abraçar, de manifestar seu apoio. Lula diz que o povo é sua alegria. O mesmo aconteceu na Caravana em Minas Gerais e a Caravana no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ainda tem a Caravana do Sul e a Caravana da Amazônia.
Mas o dia 24 de janeiro de 2018 é decisivo nesta caminhada, pois a TRF4, em Porto Alegre, irá julgar Lula em 2ª instância, considerando que Lula recorreu da decisão do juiz parcial Sergio Moro que o condenou, alegando que ele tinha recebido um apartamento triplex. Lula já comprovou que não é e nunca foi dono do referido imóvel. Mas a sanha condenatória passa por cima do Direito e da Justiça. Tudo para tornar Lula inelegível.
O PT e todas as forças de esquerda que lutam contra o golpe estão se mobilizando em defesa do Lula, e um grande ato deverá ser realizado no dia do julgamento. Mas outros eventos deverão ocorrer.
Uma das principais iniciativas é a criação de Comitês Populares em defesa da Democracia e do Direito de Lula ser Candidato. Não só os diretórios do PT, em todo Brasil, mas entidades, filiados, profissionais e movimentos sociais pretendem constituir comitês com o objetivo de defender Lula e seus direitos. Mas também será um espaço de denúncia, de reflexão, de discussão e fortalecimento da luta contra as medidas antipovo do atual governo.
Defender Lula é defender a Justiça e a Democracia.
José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e deputado federal (2019 a 2022). Atualmente está concluindo mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela escola Latina-Americana de Ciências Sociais.
Os artigos publicados neste espaço são de responsabilidade do autor e nem sempre refletem a linha editorial do AMAZONAS ATUAL.