Neste dia 1º de maio, Dia dos Trabalhadores, em todo Brasil, ocorreram manifestações em defesa dos direitos retirados dos trabalhadores e também pela liberdade de Lula, preso em Curitiba. A data surgiu para lembrar pessoas que foram assassinadas quando lutavam pelos direitos. A Constituição Brasileira e a Consolidação das Leis do Trabalho contemplaram todos os avanços dessa luta. Mas com o golpe em andamento no País, muitos direitos já não existem mais.
A terceirização total e a reforma trabalhista do governo ilegítimo de Temer, aprovados pela maioria dos deputados federais e senadores do Congresso Nacional, fragilizaram, precarizaram as relações trabalhistas, alteraram mais de 100 artigos retirando direitos dos trabalhadores.
Nos governos Lula e Dilma, tivemos um crescimento do nível de emprego. Pelo cálculo do PNAD/IBGE, em dezembro de 2014, o desemprego caiu para 6,4%, o menor da história do Brasil. A Dilma tinha sido reeleita pela maioria dos votos do povo brasileiro.
Com o Golpe no país, o desemprego aumentou, alcançando 11,3% em 2016, aumentando para 12,8% em 2017. E, na semana passada, o IBGE informou que no trimestre dez/17, janeiro e fevereiro/18, o desempregou aumentou mais ainda, chegando a 13,1%, com cerca de 13,7 milhões de pessoas desempregadas no país. Uma situação triste para milhões de famílias sem renda.
No Amazonas, o PIM tinha 64.971 empregos diretos em 2003, início do Governo Lula, alcançando 89.869 em 2005 e 103.662 no final de seu 2º governo, em 2010. Com a Dilma, o emprego do Distrito Industrial aumentou para 120.288 em 2012 e alcançou 122.061 no final de 2014. Com o golpe, o emprego caiu para 86.202 em 2017, menos que o ano de 2005. Uma tragédia para milhares de famílias no Amazonas.
Todos os oito deputados federais do Amazonas e dois senadores que votaram no golpe são responsáveis por este quadro de tristeza que aflige os milhares de desempregados no Amazonas. A maioria desses parlamentares também votou no congelamento dos gastos públicos de saúde, educação e segurança por 20 anos; na terceirização total, na reforma trabalhista; na entrega do pré-sal para os estrangeiros; e apoiam a privatização de empresas públicas, como a Amazonas Energia, que vai afetar o Luz para Todos para o interior do AM.
No período Lula tivemos crescimento contínuo da economia. Em 2003, foi de 1,2% e assim nos anos seguintes: 5,7% (2004), 3,1% (2005), 4,0% (2006), 6,0% (2007), 5,0% (2008), 7,6% (2010). No Governo Dilma, o crescimento continuou: 4,0% (2011), 1,9% (2012), 3,0% (2013), 0,5% (2014). Com o golpe iniciado em 2015 e perpetuado em 2016 até hoje, todos os anos foram negativos em 2015 (-3,8%), 2016 (-3,5%) e 2017 (0,1%).
No Polo Industrial de Manaus, o faturamento das empresas passou de 10,6 milhões de dólares em 2003 no início do Governo Lula para 35,2 milhões de dólares em 2010. No Governo Dilma, chegou a 37 milhões de dólares em 2014. Com o golpe, caiu para 24,1 milhões de dólares em 2015 e 25,5 milhões de dólares em 2017. Com reflexos para toda a economia do Amazonas e reduzindo a arrecadação estadual, afetando os serviços públicos de segurança, saúde e educação, na capital e no interior.
Por isso, o dia 1º de maio é dia de luta contra esse golpe que tirou empregos e direitos dos trabalhadores. E é por isso que não querem deixar o Lula ser candidato.
O 1º de maio foi também a continuidade da luta pelo Lula Livre. Graças ao Lula o Brasil experimentou uma década de crescimento econômico e de emprego.
Lula está em primeiro lugar nas pesquisas para Presidente da República, nas eleições de 2018. As denúncias que culminaram na sua condenação injusta não tem fundamento e provas. O caso triplex está desmoralizado e já devia ter sido arquivado pela Justiça. A ocupação feita pelo Movimento de Moradia de São Paulo no dito triplex mostrou que era mentira as reformas feitas e a construção de um elevador, no valor de R$ 2 milhões por parte de uma empreiteira. Nada foi feito. As notas emitidas pelas empresas que teriam sido contratadas não são verdadeiras.
Tudo armação, para a farsa do julgamento feito pelo juiz Sérgio Moro, pelos desembargadores do TRF 4 em Porto Alegre e pela decisão do STF de permitir a prisão ilegal do Lula, quando ele ainda tinha vários recursos a impetrar em sua defesa, conforme previsto na Constituição Brasileira.
Em Curitiba, está o acampamento Marisa Letícia, onde milhares de pessoas, militantes, sindicalistas, cidadãos, jovens, mulheres se revezam em vigília em apoio ao presidente Lula. Todo dia tem um bom dia, que Lula escuta. Mas a perseguição é tanta que a juíza responsável não está permitindo a visita de amigos e até do médico de Lula. O prêmio Nobel da Paz, Adolfo Esquivel, e o teólogo Leonardo Boff foram impedidos de visitar Lula.
Aqui no Amazonas, no dia 30 de abril, centenas de militantes realizaram a Caravana das Águas, a partir do município do Iranduba, com dezenas de embarcações atravessando o Rio Solimões até a Ilha da Paciência, onde comunitários agradeciam ao Lula pelo Luz para Todos e pediam Lula Livre. E a mensagem para Lula foi: Lula, bom dia do Amazonas; o Amazonas quer Lula Livre!
Todos querem Lula Livre. Lula candidato. Todos os partidos de esquerda se uniram em manifesto em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato. Todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil querem Lula Livre e Lula de volta ao governo do país.
Viva o Dia dos trabalhadores e trabalhadoras. Viva Lula. Lula Livre!
José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e deputado federal (2019 a 2022). Atualmente está concluindo mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela escola Latina-Americana de Ciências Sociais.
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Parabens!
Belissimo texto de ficção!