Por Tássia Kastner, da Folhapress
SÃO PAULO – O presidente do Itaú, Candido Bracher, afirmou que a dimensão da reforma da Previdência colocada na minuta divulgada na segunda-feira, 4, está correta, ainda que essa não seja a proposta final do governo Bolsonaro.
“Eu tenho dito que é acredito que estamos diante de uma situação binária em relação a aprovar ou não a reforma a Previdência. Se o governo aprovar uma reforma que tenha o tamanho da que está no Congresso, teríamos anos de crescimento sustentado”, afirmou o executivo.
Nesta segunda foi divulgado que a reforma da Previdência imporia idade mínima igual para homens e mulheres, de 65 anos. O benefício integral dependeria de 40 anos de contribuição.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que esse texto não deve ser o final e que o homens e mulheres não devem ter idades iguais para aposentadoria. “Pelas declarações do Onyx, não está claro que essa será a reforma do governo. É uma minuta que está sujeita a alterações”, disse Bracher.
O presidente afirmou ainda que o equilíbrio econômico do País está baseado na expectativa de que a reforma aprovada tenha a capacidade de interromper o crescimento da relação dívida/PIB.
Bracher afirmou que o banco está revisando expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2019 para baixo, porque os números de janeiro não teriam sido tão vigorosos quanto esperado. “As nossas projeções consideram o crescimento da economia em 2,5%. Isso está em revisão, pode ficar mais perto de 2%”, afirmou.