Da Redação
MANAUS – A CIB-AM (Comissão Intergestores Bipartite do Amazonas), vinculada à Secretaria de Saúde do Amazonas, aprovou a abertura de novos editais para o programa “Mais Médicos para o Brasil”. Resolução publicada no Diário Oficial Eletrônico do Estado de sexta-feira (23) considera a escassez de profissionais, que afeta os atendimentos do SUS em Manaus e interior.
De acordo com a resolução, os secretários de saúde têm dificuldades na obtenção de recursos humanos do programa, como o não preenchimento das vagas em cidades remotas e municípios que não são considerados “atraentes” para os profissionais, devido à falta de infraestrutura, dificuldade de comunicação, capacitação, entre outros.
Os gestores também argumentam que há médicos que passam na seleção, mas não se apresentam. O município fica sem o profissional e o preenchimento da vaga fica para o próximo edital. Segundo a resolução, o Mais Médicos não prevê no contrato a reposição imediata do profissional por desistência, abandono, morte, por licença médica, licença maternidade, e fica condicionada a abertura de outro edital.
Médicos aprovados no programa chegam a se apresentar, mas avisam que passarão pouco tempo no município.
O MPF (Ministério Público Federal), inclusive, ajuizou ação civil pública para aumentar o número de vagas no Programa Mais Médicos do Brasil, além de manter as vagas ativas no Amazonas. O MPF pede também que a União seja condenada a pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 1 milhão.
Em fevereiro deste ano, Amazonas recebeu reforço de 30 médicos para atendimento de pacientes contaminados pelo novo coronavírus e que estavam internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). O serviço era temporário e os profissionais já retornaram às cidades de origem após o fim do contrato.
Veja a publicação no DOE: