Por Felipe Campinas
MANAUS – O desembargador José Hamilton dos Santos, da Primeira Câmara Criminal, negou o pedido de liberdade ao chefe de cozinha Vittorio Del Gatto, preso no dia 3 de outubro por suspeita de envolvimento no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 42. De acordo com a advogada Tallita Silva, o mérito do pedido será julgado na próxima segunda-feira, 28, pela Segunda Câmara Cível do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas).
A defesa de Vittorio Del Gatto alega que a prisão dele foi ilegal porque não há indícios da participação dele na autoria do crime e não há necessidade mantê-lo preso para o andamento das investigações. “Vittorio não estava lá no momento dos fatos. Ele sequer participou da festa. A fundamentação que foi usada como sendo imprescindível foi o fato de ele morar na casa”, afirmou Silva.
Além da falta de provas e de argumentos para a manutenção da prisão, a defesa de Vittorio del Gatto alega que ele tem idade avançada e tem problemas de saúde. Na última quinta-feira, 17, ao negar o pedido de relaxamento da prisão temporária de Del Gatto, a juíza Ana Paula Braga autorizou que ele passasse por exame médico para verificar o atual estado de saúde, o que ocorreu na sexta-feira, 18.
De acordo com a defesa do chefe de cozinha, o julgamento do mérito do habeas corpus de Vittorio será analisado pela Segunda Câmara do TJAM, cujas sessões são realizadas às segundas-feiras. Entretanto, segundo Tallita Silva, o caso de Del Gatto deverá ser analisado na próxima segunda-feira, 28, devido o curto prazo entre a decisão de José Hamilton dos Santos, tomada no sábado, 19, e a reunião mais próxima, que seria hoje.