Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O desembargador aposentado do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) e ex-juiz da Infância e Juventude Rafael Romano foi condenado a 47 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável por abusar sexualmente da própria neta, em sentença proferida nesta segunda-feira, 8, conforme a advogada Luciana Pires, mãe da menina.
“Estamos todos muito felizes. Eu sempre acreditei na justiça e ela foi feita. Hoje todos que ainda tinham dúvidas ficam sabendo que a minha filha nunca mentiu e que o sofrimento dela acabou”, afirmou Luciana Pires. Conforme a advogada, a íntegra da sentença não foi divulgada porque o processo tramita em sigilo e o desembargador ainda pode recorrer da sentença.
Rafael Romano foi denunciado em abril de 2018 pelo MP-AM (Ministério Público do Amazonas) por crime de estupro de vulnerável. Ele é acusado de abusar sexualmente da própria neta desde que ela tinha 7 anos de idade. Ela completou 18 anos na última terça-feira, 2.
O processo foi baseado em inquérito civil que investigou as denúncias feitas ao MP-AM pela neta do desembargador e pela advogada Luciana Pires, mãe da menina.
O caso veio à tona no dia 21 de fevereiro, quando a advogada Luciana Pires divulgou as acusações em uma rede social. A advogada também formalizou denúncia ao MP-AM e a menina relatou aos promotores, em termo de declaração, momentos em que o avô a havia aliciado.
Um dia depois, Romano Júnior, pai da menina, respondeu às acusações, em nota, afirmando que a advogada estava “explorando momento de fragilidade emocional em meio ao processo de separação conturbado que vem se desenrolando ao longo dos últimos anos”.