Do ATUAL
MANAUS – Deputados estaduais do Amazonas criticam e repudiam ocupação de área em frente ao CMA (Comando Militar da Amazônia) em Manaus. Eles criticaram manifestações de bolsonaristas que pedem intervenção militar após a derrota do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
Ex-cabo da PM-AM (Policia Militar do Amazonas) e filiado ao mesmo partido do presidente da República, Maciel Pereira foi um dos que se posicionou contra os manifestantes. Ele disse que embora as manifestações sejam democráticas, o resultado da eleição tem que ser respeitado. A deputada Alessandra Campêlo (PSC) também repudiou as manifestações.
“As urnas deram resultado. Aqueles que querem fazer manifestação, é democrático, mas eu acredito no resultado das urnas. Tem que prevalecer aquilo que a maioria do povo brasileiro expressou nas urnas. Se tiver algo a contestar, que seja contestado de forma correta, dentro da justiça, dentro da legalidade”, disse Maciel.
Alessandra Campêlo (PSC), que lembrou ter sido líder estudantil e organizadora de protestos contra o aumento na tarifa de ônibus e por melhorias na qualidade da refeição da universidade que frequentou, disse que é necessário respeitar o direito e ir e vir.
“A manifestação é um direito do cidadão, mas temos que levar em consideração os dois lados: o direito à manifestação e o direito de ir e vir”, afirmou.
Em Manaus, os manifestantes estão acampados na frente do CMA, na Ponta Negra, zona oeste, desde a segunda-feira (31), um dia após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
No local, crianças que acompanham os pais e dormem em pedaços de papelão e panos estendidos no chão, sem a devida proteção e conforto.
Há relatos de repetidas infrações de trânsito. Na segunda-feira (7), o vereador Sassá da Construção (PT) pediu que o IMMU (Instituto Municipal de Mobilidade Urbana) que enviasse agentes de trânsito ao CMA para fiscalizar as irregularidades.